Em pleno século XXI, quando o comportamento dos políticos brasileiros são alvo de críticas por suas atuações junto ao desinteresse público manifestado nas votações no âmbito do Congresso Nacional, em Nísia Floresta, no RN, os dois poderes, Executivo e Legislativo, se confundem quanto suas diretrizes, onde fica quase que evidente o desconhecimento sobre como se conduzir diante de temas que exigem cautela e análise profunda, principalmente quando se coloca em questão o patrimônio público.
A polêmica sobre a doação de um terreno público em favor de uma empresa privada, que está em processo de votação na Câmara Municipal de Nísia Floresta, deveria no mínimo passar por um processo de análise junto aos vereadores, tendo em vista que tudo que possa ser votado precisa ter como primazia o interesse da população nísia-florestense.
Conversando com alguns vereadores sobre a votação do projeto apresentado pelo Executivo, fiquei perplexo ao tomar conhecimento de que parte dos legisladores não conhece o teor do documento que embasa a doação da área nobre requerida pela empresa que pretende implantar no município um polo avançado de ensino universitário, como também desconhece como proceder formalmente com sugestões que possam aprimorar o documento.
Inicialmente, no mínimo o poder Executivo deveria convidar mais de uma empresa do ramo educacional para apresentar proposta de negócio, favorecendo a livre concorrência, mecanismo ético e probo, capaz de gerar melhores ofertas em favor de Nísia Floresta e municípios da região. Partindo deste princípio, não aparecendo outras empresas como candidatas a essa iniciativa, que se firme a parceria com a entidade única interessada, mediante termos conforme estabelecidos em lei.
Evitar a concorrência pode soar como trabalhar com carta marcada, modelo de gestão combatido nos últimos tempos, principalmente pelo Ministério Público, que certamente está atento a esse episódio em Nísia Floresta.
Não quero me estender sobre esse assunto, nem muito menos distanciar relações de amizade e profissional na área do jornalismo, mas votar um projeto dessa relevância sem se quer ter feito uma leitura minuciosa do texto, sem procurar incorporar condições que possam atrair outras empresas para abrir a concorrência, e com ela aumentar os benefícios à população, como também achar um grande feito apenas exigir que os futuros funcionários na área de “apoio” sejam pessoas residentes em Nísia Floresta já é demais. Penso assim, posso estar errado mas também posso estar certo.
A CONCORRÊNCIA POSSIBILITA GANHOS MAIORES
Agora mim e os nomes dos vereadores quer se são contra o desenvolvimento do município
Imagine a Lava Jato no âmbito municipal! Enquanto a maioria dos vereadores de Nísia Floresta ficarem submetidos a meia dúzia de cargos comissionados (e ainda de alguns contratos) que os mesmos detém a fim de manter seus eleitores presos a si, o progresso de Nísia permanecerá no regresso, sob os interesses individuais destes vereadores, que não se prestam em fazer o mínimo do que deveriam.