ROGÉRIO MARINHO: DIRETOR DA OIT AGE COMO “ATIVISTA DE ESQUERDA”

O relator do projeto de modernização das leis trabalhistas na Câmara, deputado federal Rogério Marinho (PSDB), disse nesta quarta-feira (14) que o diretor do escritório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) no Brasil, Peter Poschen, age como “ativista de esquerda”. Segundo o parlamentar, o representante do órgão no país emite “comentários políticos” a respeito do projeto.

Rogério afirma que a postura adotada por Poschen “não é adequada para alguém que representa uma entidade multilateral da qual o Brasil é signatário”. O deputado reagiu a nota emitida pelo diretor da OIT a pedido de senadores de oposição, onde tenta minimizar recente decisão da OIT a nível internacional, quando excluiu o Brasil da lista de países possíveis infratores da legislação trabalhistas.

“O senhor Peter Porschen mente quando diz que a OIT não interfere na política local. Ele mente porque esteve em audiências públicas na Câmara e no Senado e emitiu comentários políticos sobre a reforma”, disse o deputado ao jornal Valor Econômico.

Ainda segundo o deputado, Poschen não pode emitir esse tipo de comentário “porque não é brasileiro e porque representa uma entidade da qual o Brasil é signatário”. “Essa não é uma postura adequada. É uma postura política, parcial. Ele deveria se preocupar mais em estar aqui representando uma entidade multilateral e ter menos contundência de quem fala como ativista político”, afirmou.

Ao Valor, Rogério Marinho reafirmou tudo o que havia dito anteriormente – o Brasil foi excluído da lista de possíveis infratores da lei trabalhista, um reconhecimento da OIT de que o país não está violando nenhum direito do trabalhador. O tucano disse que o Brasil será novamente denunciado à entidade no próximo ano “porque os sindicatos trabalharão duro para isso”.

“Resta claro que a OIT não incluiu o Brasil na lista curta de países que serão inquiridos, pois não há indícios suficientes de que o país esteja descumprindo qualquer normativa internacional, muito menos que a reforma que está em discussão no Senado Federal retire qualquer direito dos trabalhadores”, afirmou.

 

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