EUA E RÚSSIA ANUNCIAM CESSAR-FOGO NO SUDOESTE DA SÍRIA

Os Estados Unidos e a Rússia chegaram a um acordo de cessar-fogo no sudoeste da Síria, anunciou o ministro das Relações Exteriores russo, Serguei Lavrov. A medida, pactuada nesta sexta-feira, terá início a partir de domingo, às 12h (horário local). “Hoje, na capital da Jordânia, especialistas russos, americanos e jordanianos chegaram a um acordo sobre um memorando para criar uma zona de desescalada” em Daraa, Quneitra e Sweida, afirmou Lavrov.

O acordo ocorre no mesmo dia em que o presidente russo, Vladimir Putin e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se encontraram pela primeira vez, em uma reunião bilateral durante a cúpula do G20, na Alemanha.

Os países realizaram reuniões secretas nos últimos meses para discutir o que chamaram de “apaziguamento da violência” em uma zona no sudoeste da Síria, na qual forças do governo sírio e rebeldes serão separados na tentativa de acabar com as hostilidades na região. As autoridades esperam que essa nova zona ajude a reduzir a violência e que os dois países possam cooperar para criar outras zonas desse tipo na Síria. O secretário de Estado americano, Rex Tillerson, que se encontrou com Lavrov após a reunião de Putin e Trump, afirmou que o acordo é a “primeira indicação” de que os Estados Unidos e a Rússia “são capazes de trabalhar juntos”.

A Rússia e o Irã são os principais patrocinadores internacionais do presidente sírio, Bashar Assad, enquanto Washington apoia alguns dos grupos rebeldes que lutam para derrubá-lo. Com o apoio do poder aéreo russo, Assad recuperou nos últimos meses terreno que havia perdido na guerra para os rebeldes muçulmanos, principalmente sunitas. O acordo da Síria parece ser o principal ponto de concordância no primeiro encontro entre Trump e Putin, que também discutiu a alegada interferência de Moscou nas eleições presidenciais dos Estados Unidos em 2016 e as ambições nucleares da Coreia do Norte.

O secretário de Estado disse que o encontro entre os líderes foi “muito construtivo”, que eles se entenderam bem e houve uma “química positiva” imediata. Segundo Tillerson, na reunião, Trump expressou suas preocupações sobre a interferência russa nas eleições americanas para Putin, que negou qualquer envolvimento do governo na questão.

Tillerson disse ainda que Trump quer que a Rússia se comprometa a não interferir nas questões dos Estados Unidos, nem de outros países, e que os líderes discutiram como “seguir em frente” após os acontecimentos.

Veja.com

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