FENACAM 2017 APRESENTA NOVIDADES DO SETOR E DESTACA POTENCIAL DO NORDESTE PARA AMPLIAR PRODUÇÃO NACIONAL

A Associação Brasileira de Criadores de Camarão – ABCC apresentou, nesta quinta-feira (05), no auditório do Sebrae, em Natal, a XIV Feira Nacional do Camarão – Fenacam 2017. O evento, que volta ao Rio Grande do Norte com apoio do Governo do Estado, foi apresentado pelo presidente da ABCC, Itamar Rocha, que detalhou a programação, destacou as boas perspectivas da economia e mostrou dados comparativos dos mercados nacional e internacional. A Fenacam já conta com cerca de 100 expositores e integra ainda o XIV Simpósio Internacional de Carcinicultura, o XI Simpósio Internacional de Aquicultura, o XIV Festival Gastronômico de Frutos do Mar e a XIV Feira Internacional de Serviços e Produtos para Aquicultura.

O pescado é uma das commodities alimentares mais comercializadas no mundo mas, apesar do potencial, o Brasil estacionou o desenvolvimento do setor. Segundo dados apresentados por Itamar Rocha, a participação da produção brasileira no comércio internacional de pescados representa apenas 0,17% dos US$ 145,74 bilhões movimentados pelo mundo em 2016. “Temos perdido espaço para países menores, como o Vietnã, por exemplo, que mesmo enfrentando uma guerra superou a produção pesqueira brasileira em quase 5 milhões de toneladas no ano passado. O Equador combate 13 doenças no cultivo de camarão marinho contra quatro do Brasil e, mesmo assim, produziu 406.334 toneladas do crustáceo, enquanto nós só conseguimos produzir 60.000”, enumerou o presidente da ABCC.

Itamar Rocha destaca que a região Nordeste possui território com potencial de exploração para carcinicultura marinha superior a 1 milhão de hectares, mas utiliza apenas 2,5% por causa da falta de incentivos e da dificuldade, especialmente dos pequenos produtores, em obter licenças ambientais. “O Nordeste responde por 99,7% da produção nacional, mas pode produzir ainda mais. A criação de camarão representa uma oportunidade real de emancipação do povo e da economia nordestina que está sendo desperdiçada. Na Fenacam vamos apresentar inovações e tecnologias sustentáveis que devem estimular empreendedores e entidades governamentais a mudar esse cenário”, ressaltou o presidente da ABCC.

O lançamento da Fenacam 2017 contou também com a participação do secretário de Agricultura, Pecuária e Pesca do RN, Guilherme Saldanha, além da presença do deputado estadual Hermano Morais, de empresários dos setores de Aquicultura e Carcinicultura, de representantes do Banco do Nordeste, Prefeitura de Natal, da imprensa e de empresários do segmento. O secretário de Agricultura enfatizou a importância da carcinicultura para o agronegócio e o apoio do Estado para que o evento retornasse ao Rio Grande do Norte.

O empresário Newton Bacurau, diretor da Agropesca Rego Moleiro, comentou que a expectativa é pelas novas técnicas de produção intensiva que serão apresentadas na Fenacam. “A Feira vai trazer oportunidades de negócios, mas também inovações que estão sendo usadas no mundo, como no mercado da Ásia”, falou. O engenheiro de pesca e sócio da Fazenda 3M, José Bonifácio, ressaltou o potencial social da aquicultura no Brasil, como geradora de emprego em renda especialmente no ambiente rural, e disse que espera pelo aumento das discussões sobre o assunto proporcionado pela Feira.

 Sobre a Fenacam 2017

A Fenacam é o maior evento técnico-científico e empresarial da Aquicultura brasileira e latino-americana. A Feira nasceu no Rio Grande do Norte, onde foi realizada por dez anos, mas teve suas últimas edições realizadas em Fortaleza (CE). A 14ª edição acontecerá nos dias 15 a 18 de novembro, no Centro de Convenções, na Via Costeira. O evento integra o XIV Simpósio Internacional de Carcinicultura, o XI Simpósio Internacional de Aquicultura, o XIV Festival Gastronômico de Frutos do Mar e a XIV Feira Internacional de Serviços e Produtos Para Aquicultura. Ao todo, serão 36 palestras nos Simpósios, cobrindo todos os assuntos que rondam a carcinicultura marinha e a aquicultura no Brasil e no mundo, 20 palestras na Sessão Especial da RECARCINA, e duas Palestras Magnas a cada Sessão Técnica.

 

 

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