PLACA DE SINALIZAÇÃO DO CONGRESSO NACIONAL É VISTA COM UMA MENSAGEM DE PROTESTO NESTA SEGUNDA-FEIRA

Foto: Ueslei Marcelino/Reuters / Uma placa de sinalização do Congresso Nacional, em Brasília, é vista com uma mensagem de protesto nesta segunda-feira (16)

Um adesivo com a frase “O grande acordo nacional” foi colado em uma placa turística em frente ao Congresso Nacional, em Brasília, nesta segunda-feira (16). O novo letreiro também fazia referência a crimes supostamente praticados pelos parlamentares, como “formação de quadrilha” e “corrupção ativa.

A placa do Museu da República – que também fica na Esplanada dos Ministérios, a cerca de 1 km do Congresso – foi trocada pelas frases “A arte é o que resiste. Censura nunca mais!”. No início da tarde, os adesivo foram retirados, e as placas voltaram a exibir os textos originais.

A frase sobre “o grande acordo nacional” faz referência a uma conversa gravada entre o senador Romero Jucá (PMDB-RR) e o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado. No áudio divulgado em maio de 2016, Jucá fala em um “acordo” para “botar o Michel”, durante um bate-papo sobre o impeachment de Dilma Rousseff.

Durante a conversa, o senador de Roraima também sugere que uma “mudança” no governo federal resultaria em um pacto para “estancar a sangria” representada pela operação Lava Jato. Jucá foi um dos dos principais articuladores do impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Confira o trecho:

MACHADO – É um acordo, botar o Michel, num grande acordo nacional.

JUCÁ – Com o Supremo, com tudo.

MACHADO – Com tudo, aí parava tudo.

JUCÁ – É. Delimitava onde está, pronto.

Corrupção passiva.

Em junho deste ano, a Polícia Federal entregou um relatório ao Supremo Tribunal Federal (STF) em que afirma que as evidências colhidas em investigação indicam “com vigor” que o presidente Michel Temer cometeu o crime de corrupção passiva.

No documento, a PF diz que o presidente aceitou pagamentos de vantagens indevidas do grupo J&F por intermédio do ex-assessor e ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), que está preso em Brasília em razão das suspeitas de ter recebido propina do dono da JBS

Além de Temer e Rocha Loures, a PF também aponta que o dono do grupo J&F, Joesley Batista, e o diretor de Relações Institucionais da empresa, Ricardo Saud, cometeram o crime de corrupção ativa.

Do G1/Distrito Federal

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