Ainda é um mistério para as Polícias Civil do Rio Grande do Norte e da Paraíba que estão investigando de forma conjunta o sequestro e o assassinato da empresária Maria da Conceição Barbosa, de 56 anos, levada por bandidos no município de Santo Antônio, na quarta-feira (7) e encontrada morta na quinta (8).
O delegado Lenivaldo Pinheiro, chefe das delegacias do interior do RN, declarou que as pistas colhidas mostram que o crime não tem características de latrocínio (roubo seguido de morte) pelo fato de a bolsa com os pertences da vítima ter sido deixada a alguns metros do carro dela, localizado horas depois na cidade de Mamanguape, na Paraíba.
Como a apuração do crime ainda está em fase inicial, a polícia não descarta nenhuma linha de investigação — inclusive a possibilidade de execução. “Trata-se de um crime de alta complexidade, um mistério para a polícia”, define o delegado Walter Brandão, da delegacia de Mamanguape.
Maria da Conceição foi abordada quando estava com a filha Maria Larissa de Lima Barbosa, de 28 anos, na noite da quarta-feira na saída da cidade de Santo Antônio do Salto da Onça, onde ela morava com a família. Elas seguiam de carro em direção a Natal. Parte dos bandidos entrou no automóvel, que foi seguido pelos outros integrantes do grupo no veículo usado na abordagem. As duas reféns foram levadas até o município de Espírito Santo, onde o carro utilizado pelos sequestradores para interceptar as vítimas, um Gol, foi incendiado.
Pouco depois, a filha de Maria da Conceição foi liberada. Graças ao rastreamento do sinal do celular da empresária, foi possível localizar o carro dela, encontrado abandonado a poucos metros de um posto da Polícia Rodoviária Federal em Mamanguape na manhã do dia seguinte.
O corpo da empresária foi achado de madrugada em uma estrada de terra do município de Pedro Velho, vizinho da cidade de Espírito Santo. Maria da Conceição foi morta com quatro tiros de espingarda no rosto, na área do tórax e na pelve.
Com informações de Manoel Izaque.
