TEMER ADOTOU CONTRAINTELIGÊNCIA PARA CONFUNDIR LAVA JATO, DIZ MPF

A força-tarefa da Operação Lava Jato apontou ao juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, um “braço de contrainteligência da organização criminosa liderada por Michel Temer e atuação pessoal dele contra as investigações”. O ex-presidente foi preso nesta quinta-feira (21), na Operação Descontaminação, desdobramento da Lava Jato. As informações são do Estadão.

“A organização criminosa comandada por Temer tinha constante e ativo direcionamento de esforços no sentido de monitorar, impedir (por meio de subtração de documentos) e confundir (pela produção de documentos) as investigações”, afirma a Lava Jato.

Além de Temer e Moreira Franco, o juiz Bretas mandou prender por tempo indeterminado: o coronel reformado da Polícia Miliar João Baptista Lima Filho – o coronel Lima – e sua mulher, Maria Rita Fratezi; e os empresários Carlos Alberto Costa, Carlos Alberto Costa Filho, Vanderlei de Natale e Carlos Alberto Montenegro Gallo. O juiz ainda decretou as custódias temporárias de Rodrigo Castro Alves Neves e Carlos Jorge Zimmermann.

Segundo o Ministério Público Federal, Temer e seus aliados praticaram atos para “dificultar o andamento das investigações”. Os procuradores citaram o “monitoramento do avanço das investigações, com um braço da organização criminosa cuidando de aspectos de contrainteligência, com a finalidade de que, conforme as investigações avancem, sejam produzidos documentos falsos com o intuito de despistar as últimas descobertas investigatórias, sejam destruídas provas e apagados rastros que levem ao desvendamento das ações criminosas, bem como sejam assediadas testemunhas e coinvestigados que pudessem vir a ser colaboradores da Justiça, inclusive com pagamento de propina”.

Informações falsas

A Lava Jato apontou que “a organização criminosa liderada por Michel Temer possui um aparato próprio para acompanhar o andamento das investigações e produzir informações falsas de acordo com o caminho que elas apontassem”.

De acordo com a investigação, “a organização criminosa conta com um serviço de contrainteligência destinado a dificultar as investigações”.

“Tal serviço era também chefiado pelo braço direito de Michel Temer, coronel Lima, que contava com a experiência, decorrente de sua formação policial, que lhe permitia desempenhar essa atividade”, descreveu o Ministério Público Federal.

Fonte: Metrópoles

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