APÓS VETO A PROPAGANDA DO BB, BOLSONARO DIZ QUE MUDANÇAS SÃO PORQUE MASSA QUER RESPEITO À FAMÍLIA

O presidente Jair Bolsonaro afirmou neste sábado, 27, que a linha de propaganda do governo mudou. Ele pediu que o Banco do Brasil retirasse do ar um vídeo em que incentivava a abertura de conta no banco cujo foco era a diversidade. A peça, de 30 segundos, exibia imagens de homens e mulheres jovens, de diferentes estilos.

“Quem indica e nomeia o presidente do Banco do Brasil, não sou eu? Não precisa falar mais nada, então. A linha mudou. A massa quer o quê? Respeito a família, ninguém quer perseguir minoria nenhuma. E nós não queremos que dinheiro público seja usado dessa maneira”, disse o presidente, após visitar a estudante Yasmin Alves, de 8 anos, na casa dela, na Estrutural, uma das regiões mais pobres do Distrito Federal. Bolsonaro disse ainda que ministros devem seguir sua linha de pensamento ou “ficar em silêncio”, se discordarem.

Após o cancelamento da campanha publicitária veio à tona uma divergência entre o ministro da Secretaria de Governo, general Carlos Alberto dos Santos Cruz, e o novo chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência, Fábio Wajngarten.

O caso custou o cargo do diretor de Comunicação e Marketing do Banco do Brasil, Delano Valentim. Nesta sexta-feira, a Secom — subordinada a Santos Cruz — enviou um e-mail a estatais com instruções para que todo o material de propaganda da administração pública, incluindo o das estatais, passasse por análise prévia da pasta. A ordem era para “maximizar o alinhamento de toda ação de publicidade”.

Horas depois, porém, Santos Cruz emitiu nota dizendo que a medida determinada pela Secom fere a Lei das Estatais “pois não cabe à administração direta intervir no conteúdo da publicidade estritamente mercadológica das empresas estatais”. Questionado neste sábado, 27, sobre como pretendia controlar a publicidade dessas empresas, Bolsonaro respondeu que os ministros devem seguir seu pensamento ou não se pronunciar.

“Olha, por exemplo, meus ministros… Eu tinha uma linha, armamento. Eu não sou armamentista? Então, ministro meu ou é armamentista ou fica em silêncio. É a regra do jogo”, afirmou ele. A frase foi interpretada até por aliados como um puxão de orelha em Santos Cruz. A assessoria do banco informou, em nota, que “faltaram outros perfis” na publicidade, que saiu do ar no último dia 14.

Fonte: Exame.com

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