MICHELLE BOLSONARO DÁ ENTREVISTA EM LIBRAS E DEFENDE OBRIGATORIEDADE DA LÍNGUA DE SINAIS

Foto: Reprodução/Youtube.

A primeira-dama Michelle Bolsonaro recebeu no Palácio da Alvorada a equipe da TV Ines, canal bilíngue brasileiro com conteúdo acessível a surdos e ouvintes, e deu uma entrevista em Libras que foi ao ar na última quinta-feira. A mulher do presidente Jair Bolsonaro usou a língua brasileira de sinais para responder as perguntas e em alguns momentos contou com a ajuda de um auxiliar. Durante o bate-papo, Michelle contou que tem um tio surdo que a ensinou o alfabeto em Libras aos 8 anos, mas que só voltou a se dedicar ao idioma em 2015, em uma igreja evangélica. Ela também defendeu a obrigatoriedade da língua de sinais nas escolas e disse estar em contato com o MEC.

O apresentador Heveraldo Ferreira citou durante a entrevista que segundo o censo de 2010 do IBGE, existem hoje no Brasil quase 10 milhões de surdos. E acrescentou que um milhão deste grupo são jovens de até 19 anos. E questionou se Michelle acredita que a obrigatoriedade do ensino de Libras nas escolas seria um avanço para os surdos.

“Essa é minha luta, é minha bandeira. Eu acredito que nós vamos conseguir inserir a Libras na grade curricular. Eu estou em contato com os ministros, estou em contato com o MEC. Hoje nós já temos a Diretoria de políticas de educação bilíngue de surdos no MEC, que não existia antes. Então isso vai ajudar, vai ter um impacto muito grande na acessibilidade”, defende a primeira-dama durante a entrevista num salão do Palácio da Alvorada.

Michelle também relembrou seu discurso na posse e disse estar feliz em defender a comunidade surda:

“Foi um compromisso que eu firmei com o governo de ajudar as pessoas com deficiência e a comunidade surda. Isso já era um compromisso também no Plano de Governo do meu esposo, de ampliar a acessibilidade. Então, assim, foi algo inexplicável poder estar incluindo os surdos em um momento tão importante para o nosso Brasil”.

Michelle Bolsonaro também comentou a repercussão do seu discurso em Libras durante a posse de Jair Bolsonaro na Presidência. A primeira-dama disse que se sente “incluída” na comunidade surda:

“Eu recebi várias mensagens de amigos surdos, familiares agradecendo justamente essa visibilidade que eu dei à comunidade surda porque era uma classe esquecida, menosprezada”.

Por: Jornal Extra.

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