BOLSONARO DEFENDE MOEDA ÚNICA ENTRE BRASIL E ARGENTINA

Foto: Agustin Marcarian/Reuters

O presidente Jair Bolsonaro afirmou na manhã desta sexta-feira, 7, que foi dado na Argentina o primeiro passo em direção a uma moeda única no Mercosul. “É o primeiro passo para um sonho de uma moeda única. Como aconteceu o euro lá atrás, pode acontecer o peso real aqui”, disse ele ao deixar o hotel onde estava hospedado em Buenos Aires. Ele volta nesta manhã para o Brasil.

“Meu forte não é economia, mas acreditamos no feeling, na bagagem, no conhecimento e no patriotismo do Paulo Guedes, ministro da Economia, nessa questão também”, afirmou. Na quinta-feira, em resposta ao comunicado do Banco Central do Brasil de que não há estudos para uma união monetária com a Argentina, Guedes afirmou: “Claro que o Banco Central não tem projeto sobre o assunto, a ideia é minha”. A jornalistas, o ministro afirmou que a criação da moeda é uma conjectura.

Questionado sobre a possibilidade de o anúncio do projeto ser uma manobra eleitoral do governo de Mauricio Macri, Bolsonaro mudou de assunto e voltou a falar que ninguém quer que a América do Sul “flerte com o comunismo, o socialismo”. “Infelizmente isso aconteceu na nossa querida Venezuela.”

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, criticou a ideia apresentada por Bolsonaro e Guedes, a empresários argentinos e brasileiros: “Será? Dólar valendo R$ 6,00? Inflação voltando? Espero que não”, disse o deputado.

Macri tentará a reeleição em outubro contra uma chapa formada por Cristina Kirchner, candidata à vice-presidência, e Alberto Fernández. Com a Argentina passando por mais uma crise econômica, a imagem de Macri está bastante abalada. O anúncio da moeda comum pode ser usado para melhorar sua popularidade.

Bolsonaro disse ainda que deixava como mensagem final aos argentinos um pedido para que Deus os ilumine nas eleições de outubro, repetindo o que já havia dito em duas ocasiões na quinta-feira. Em discursos ao lado de Macri, o dirigente brasileiro havia mostrado seu apoio ao argentino.

Fonte: Estadão

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