MICHELLE ESTÁ ‘ARRASADA’ COM REVELAÇÕES SOBRE SUA FAMÍLIA, DIZ BOLSONARO

Foto: Michael Melo/Metrópole

O presidente da República, Jair Bolsonaro  afirmou, nesta sexta-feira (16), que a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, está abatida e arrasada após a publicação da história trágica de sua família, divulgada pelo Metrópoles. A matéria revelou que a avó de Michelle já foi presa por tráfico de drogas, a mãe falsificou documentos e dois tios tiveram problemas com a Justiça. O chefe do Executivo confirmou todos os fatos, mas questionou “o ganho jornalístico” com a reprodução das informações.

“É questão familiar e eu não deveria falar, mas vou falar em consideração a vocês. A matéria não é mentirosa, é verdadeira. A avó dela, há uns 20 e poucos anos, foi condenada por tráfico de drogas. Três anos de cadeia. Cumpriu. Agora, é justo levantar isso?”, perguntou Bolsonaro.

O presidente disse ainda que Michelle tem mais de 100 parentes morando em uma região menos favorecida de Brasília e que, se alguém procurar, vai encontrar mais coisas. “Ela tem quase 100 parentes na Ceilândia, um lugar pobre. Se for procurar, vai achar mais coisa de parente”, disse.

Bolsonaro criticou a publicação da matéria, avaliando que a atuação de Michelle em projetos sociais foi prejudicada. “Para que esculachar a minha esposa? Dizer que ela não tem legitimidade para fazer o trabalho social que ela faz. Ela está abatida”, declarou. O presidente lamentou ainda a exposição da avó da primeira-dama. “É uma senhora que já tem seus problemas pela idade. Faixa de 80 anos. E agora está todo mundo sabendo na vizinhança que ela foi condenada no passado e cumpriu três anos de cadeia”, avaliou.

Entenda
Nessa quinta-feira (15/08/2019), o Metrópoles revelou detalhes sobre o passado da família de Michelle Bolsonaro. Com base em inúmeros documentos, momentos tristes vividos por parentes da primeira-dama vieram à tona. A avó, a mãe e dois tios tiveram envolvimento com a polícia. Os relatos expõem os extremos do Brasil. De um lado, o centro do poder, em Brasília. Do outro, a criminalidade que acerca a periferia do Distrito Federal.

A avó, Maria Aparecida, esteve confinada na Colmeia – penitenciária feminina de Brasília – por tráfico de drogas. O caso ocorreu em 1997. Aos 57 anos, ela já tinha netos. Michelle, na época, estava com 15 anos. Hoje, vive em Ceilândia, em uma casa humilde e em condições precárias.

Já a mãe, Maria das Graças, foi indiciada pela tentativa de tirar documento com o uso de uma certidão falsa. Além disso, mudou o nome sem aval da Justiça para “Mirele das Graças”. Em ambos os documentos, ela informou que era mais jovem.

Um dos tios foi condenado por estupro e está foragido. Já o outro, foi acusado de envolvimento com milícias e está detido.

A Veja também destacou:

VEJA localizou nos arquivos da 1ª Vara de Entorpecentes e Contravenções Penais do Distrito Federal o processo que detalha o dia em que Maria Aparecida Firmo Ferreira, avó de Michelle, então com 55 anos, foi presa em flagrante. Em 1997, ela era conhecida nas ruas como “Tia” e, segundo a polícia, sua principal atividade era vender drogas no centro de Brasília. Em julho daquele ano, ela foi surpreendida com 169 “cabecinhas de merla”, um subproduto da cocaína. Na delegacia, confessou o crime. Na Justiça, mudou a versão. Alegou que a sacola apreendida não era sua e que teria confessado o crime por pressão dos policiais. Havia, porém, testemunhos de clientes. Acabou condenada a três anos de reclusão, em regime fechado. Só deixou a penitenciária, em liberdade condicional, em agosto de 1999, depois de cumprir dois anos e dois meses de cadeia. Sua punição foi oficialmente considerada extinta em 2000.

A mãe de Michelle, Maria das Graças, é acusada de falsificação de documentos. Em 1988,  a polícia descobriu que sua mãe possuía dois registros civis — um verdadeiro e o outro falso. Em 1989, ela foi indiciada por falsidade ideológica, que prevê pena de até cinco anos de prisão em regime fechado. Em 1994, depois de ficar mais de cinco anos parado na Vara Criminal, o processo foi arquivado depois que o juiz entendeu que o crime estava prescrito.

Nem a mãe nem a avó foram convidados para a cerimônia de posse do presidente Bolsonaro. O tio João Batista Firmo Ferreira, sargento aposentado da Polícia Militar de Brasília, foi um dos poucos a serem chamados. Em maio passado, ele foi preso sob a acusação de fazer parte de uma milícia que age na favela Sol Nascente, onde mora com a mãe, Maria Aparecida, a avó de Michelle. De acordo com o Ministério Público, João Batista e mais sete PMs participariam de um esquema ilegal de venda de lotes na região. Um delator contou que os policiais atuavam como o braço armado da quadrilha, dando suporte ao negócio irregular através de ameaças e até eliminação de desafetos. O sargento está preso na penitenciária da Papuda, em Brasília.

Fonte: Metrópoles / Veja.com/MSN

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