O Pleno do TJRN aprovou nesta quarta-feira (13) voto de pesar, proposto pelo presidente da Corte Estadual de Justiça, desembargador João Rebouças, pelo falecimento do advogado Eider Furtado (1924-2019), ocorrido no dia 6 de novembro. O dirigente do Poder Judiciário potiguar destacou a carreira do profissional do Direito como professor universitário e como advogado, várias vezes presidente da OAB/RN, entre o fim dos anos 1960 e boa parte da década de 1970, sucedendo o colega Claudionor de Andrade.
Eider Furtado de Mendonça e Menezes tinha 95 anos, era casado com Elenita Furtado, com quem durante 72 anos constituiu uma família com seis filhos, 12 netos e quatro bisnetos. Formado em Direito pela UFRN em 1959, integrante da primeira turma daquele curso da Universidade Federal, ele também deixou livros publicados e atuou durante 60 anos na advocacia. A partir de 1968, passou a ser professor do curso relacionado à carreira que abraçou.
O advogado, nascido na capital potiguar à Rua Felipe Camarão, Cidade Alta, e de reconhecido destaque no ramo do Direito também marcou época no jornalismo natalense, atuando na Rádio Poti, em A República e no Diário de Natal. Autor teatral, violinista e ator foram outros talentos deste ilustre potiguar. Dirigiu por uma década a Associação Norte-Rio-Grandense de Imprensa e ocupava a cadeira de número 16 da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras (ANL).
“Ele foi meu professor de Direito Comercial, cátedra na qual partilhava seu vasto conhecimento conosco”, lembrou o desembargador Amílcar Maia. O magistrado salientou ainda que no ano passado, recebeu o advogado em seu gabinete, mostrando vitalidade, experiência e atualização no conhecimento de sua atividade profissional. “Bom saber que até pouco tempo, ele exercia suas atividades com galhardia e por isso, posso dizer que a advocacia perde um grande homem”, frisou.
