CORONAVÍRUS: EUA E MAIS PAÍSES EUROPEUS VÃO ENTRAR NA LISTA DE ALERTA DO GOVERNO BRASILEIRO

Passageiros usam máscaras ao desembarcar em Guarulhos (SP) vindos da Itália. Foto: Nelson Almeida / AFP

O secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis, anunciou nesta terça-feira que vai incluir os Estados Unidos e mais alguns países, principalmente europeus, na lista de alerta para locais onde há transmissão local do novo coronavírus.

Na prática, isso significa que pessoas vindas desses países e que apresentarem sintomas passarão a ser consideradas casos suspeitos. A atualização deverá ser feita até esta quarta-feira.

Da nova lista devem constar Canadá, Croácia, Dinamarca, Espanha, Finlândia, Grécia, Holanda, Noruega, Reino Unido e Suíça. Outros poderão ser acrescentados.

Atualmente, a lista inclui 16 países, a maioria deles na Ásia, mas já com alguns europeus. Além da China e da Itália, estão na lista Alemanha, Austrália, Camboja, Cingapura, Coreia do Sul, Coreia do Norte, Emirados Árabes Unidos, Filipinas, França, Irã, Japão, Malásia, Tailândia e Vietnã.

Os dois casos confirmados no Brasil até agora, por exemplo, são de pessoas que contraíram o vírus na Itália.

— Vai aumentar muito o número de casos suspeitos, com certeza — disse Gabbardo, em razão do fluxo de pessoas entre o Brasil e os Estados Unidos.

Por causa do novo coronavírus, ele afirmou também que vai dar uma ênfase maior na política já adotada pelo Ministério da Saúde de ampliar o horário de funcionamento dos postos de saúde.

Sobre a possibilidade de usar remédios já existentes que estão sendo testados contra o novo coronavírus, o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira, disse que isso está sendo analisado pelo Ministério da Saúde. Gabbardo afirmou que, se a ciência mostrar que um desses remédios é eficaz, a pasta vai estudar a possibilidade de adquiri-los.

A epidemia teve começo na China e já matou mais de 3 mil pessoas no mundo, além de ter infectado mais de 90 mil.

Segundo boletim divulgado nesta terça pelo Ministério da Saúde, o Brasil tem 488 casos suspeitos e apenas dois confirmados (ambos em São Paulo).

Por André de Souza / O Globo

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