A Justiça nega pedido de habeas corpus para a ex-chefe do Setor de Precatórios do Tribunal de Justiça do RN

Foto: Marco Carvalho

A Justiça negou pedido de habeas corpus para a ex-chefe do Setor de Precatórios do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN) Carla de Paiva Ubarana Araújo Leal. Para fazer o pedido, a desfesa apresentou um “suposto distúrbio inerente à ideação do suicídio”. Desde da última quinta-feira, Carla está presa na ala feminina do complexo penal Doutor João Chaves, na zona Norte de Natal. Ela é acusada pelo Ministério Público de comandar um suposto esquema de desvio de  precatórios no TJRN.

O “suposto distúrbio inerente à ideação do suicídio” foi levantado veio a público na decisão do juiz convocado Gustavo Marinho Nogueira Fernandes de negar uma liminar de habeas corpus à técnica judiciária. O indeferimento foi assinado pelo magistrado na tarde de ontem. Na mesma decisão, o juiz Gustavo Marinho disse que a o distúrbio de ideação de suicídio poderá ser “perfeitamente controlado pela autoridade prisional, bastando, apenas, uma vigilância mais acurada e a retirada de objetos que possam auxiliar num eventual suicídio”.

Na manhã de ontem, o advogado Felipe Augusto Cortez Meira de Medeiros, que defende Carla Ubarana, peticionou a concessão liminar de habeas corpus, “a fim de que seja respeitada a ordem médica, determinando-se o imediato retorno da paciente para a unidade hospitalar na Casa de Saúde São Lucas ou que lhe seja deferida prisão domiciliar, tudo conforme entendimento técnico do médico subscritor do laudo anexado”.

Sobre esse requerimento da defesa, o juiz Gustavo Marinho decidiu: “Se os médicos que assistiram a paciente lhe deram alta, e o tratamento pode ser feito fora do hospital, não vejo porque ela não possa realizar a continuação dos cuidados médicos no cárcere, com o acompanhamento de médicos de sua confiança, se quiser”.

Carla Ubarana deixou o apartamento da Casa de Saúde São Lucas na última quinta-feira e foi transferida para o presídio João Chaves. Ubarana estava internada desde o dia 1º de fevereiro quando deu entrada na unidade médica com uma emergência hipertensiva. Ela recebeu alta dos médicos após o Ministério Público começar a avaliar a real necessidade da sua internação.

Ela é acusada de uma série de desvios no setor de precatórios do Tribunal de Justiça e está presa preventivamente sob força de determinação judicial. A detenção dela não possui prazo para expirar. Carla Ubarana, o marido, George Leal, e outras três pessoas foram presas no dia 31 de janeiro na operação Judas, do Ministério Público e da Polícia Civil.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Topo