ZÉ AGRIPINO – O DISCURSO E A REALIDADE

Presidente nacional do DEM, o senador José Agripino não tem demonstrado muito “pulso” nas decisões do partido em seu próprio Estado e, algumas vezes, acaba por ver a palavra dada anteriormente não se tornar realidade. Um exemplo disso foi o discurso do senador em fevereiro deste ano, quando afirmou que os democratas não apoiarão candidatos “Fichas Sujas”. Um exemplo de que isso não é seguido é Antônio Bráulio da Cunha. Postulante ao cargo de prefeito em Arês, ele teve o registro de candidatura indeferido no Tribunal Regional Eleitoral (TRE/RN), mas mesmo assim conseguiu dividir o palanque com José Agripino.

O motivo do indeferimento foi a condição de “Ficha Suja” de Bráulio Cunha, como é conhecido. O ex-prefeito da cidade de Arês foi condenado pelo Tribunal de Contas do Estado (processo com trânsito em julgado, ou seja, sem mais possibilidade de recurso) por erro na prestação de contas de 2000 (R$ 41 mil de ressarcimento) e, após ser absolvido na primeira instância da Justiça Eleitoral, teve a candidatura indeferida pelo TRE.

Somada essa situação a declaração de José Agripino de que “no DEM, político que tenha sido condenado por colegiado não vai ser candidato. Não tenho nenhuma dúvida de que essa matéria vai ser referendada, porque é saneadora para a vida pública brasileira”, dita em fevereiro deste ano ao jornal Correio Brasiliense, deveriam fazer com que Bráulio Cunha não fosse nem candidato, ou que ele não tivesse um apoio tão próximo de José Agripino. Não foi o caso.

No final de semana, o senador e seu filho, o deputado federal Felipe Maia, subiram no palanque em Arês para discursar ao lado de Bráulo Cunha e de Marluce, a candidata a vice do PP. Em comício no centro da cidade, por sinal, Felipe Maia destacou os 46 anos de vida pública de Bráulio Cunha. “São mais de 40 décadas de serviços prestados ao povo de Arês e não é agora que se deve parar”, justificou o parlamentar.

Fonte: Jornal de Hoje.

One response to “ZÉ AGRIPINO – O DISCURSO E A REALIDADE

  1. Meu caro Daltro,

    Quem protagonizou o escândalo do “Rabo de Palha, pode se negar a dar apoio aos fichas sujas?

    No dia em que o povo puser a memória pra funcionar, muita coisa vai mudar na aldeia dos potiguares.

    Um abraço,
    Amauri Freire.

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