Henrique visita Aeroporto Aluízio Alves e relembra “embate” com ministro para viabilizar obra

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O deputado federal Henrique Alves (PMDB) participou na manhã deste sábado (31) da solenidade que marcou o voo inaugural do Aeroporto Internacional Governador Aluízio Alves, em São Gonçalo do Amarante, onde conheceu as instalações, participou do lançamento do selo dos Correios alusivo ao evento e depois falou aos presentes, relembrando a trajetória de luta para o sonho do aeroporto se tornar realidade.

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“Hoje é uma manhã histórica. Dom Jaime Vieira (arcebispo de Natal) deu sua benção. Jaime (o prefeito de São Gonçalo do Amarante, Jaime Calado) se emocionou e todos fizemos este sonho se tornar realidade. Quantas vezes fomos até ao presidente Lula, junto com a então governadora Wilma Faria. Depois junto com ela nós fomos até a presidenta Dilma, mas hoje revelarei um fato que foi de importância para que o aeroporto estivesse concluído” disse o deputado Henrique Alves.

Ele revelou um episódio de embate com o então ministro Nelson Jobim. “Fomos até um jantar no Palácio da Alvorada, eu era o líder do PMDB, e fomos falar do apoio do partido na candidatura da então ministra Dilma para a presidência da República. Quando estava indo para lá me encontrei com o ministro Nelson Jobim e perguntei pelo projeto ou pela minuta do aeroporto de São Gonçalo. O ministro me respondeu que não poderia criar uma lei só para o RN. Iria sim, criar a lei para todo o País. Eu reclamei que não tinha sido este o compromisso do presidente Lula e, assim, os aeroportos de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais seriam mais atrativos. O ministro repetiu que não poderia criar uma Lei só para beneficiar o RN”.

Henrique continuou: “No jantar sentei ao lado da Ministra Dilma e ela me perguntou: o que foi, líder, o que está havendo? Expliquei a ela e a mesma acrescentou que depois do jantar conversaríamos. Terminamos de Jantar ela chamou o Ministro Jobim, que lhe repetiu a mesma coisa e ela disse que deveria ser como antes. O ministro disse para ela, se este é o seu desejo…, ela disse: não é o desejo do presidente Lula, contou emocionado.

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O deputado ainda acrescentou que no dia em que Lula veio assinar no RN a realização da obra numa parceria público-privada foi cumprimentar o Ministro Jobim. “Falei que o cumprimento era pelo nosso aeroporto e ele me respondeu: nosso não, seu”. Henrique disse que, mesmo assim, ficou contente por ser uma obra que geraria empregos e daria muito mais desenvolvimento para o RN.

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O deputado lembrou que antes quem vinha da Europa, dos Estados Unidos ou de qualquer país da África ou Ásia, passava por cima o RN para desembarcar em SP, RJ ou MG e lá fazer negócios, turismos.  “Agora, não, vai parar no nosso estado, mudando o foco do desenvolvimento”. O maior avião do mundo, com capacidade para 820 passageiros, não parava na América Latina por não ter uma pista para recebê-lo. “Agora tem esta pista, aqui no RN, aqui em São Gonçalo do Amarante”, adiantou o deputado.

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Com relação ao nome do aeroporto, Aluízio Alves, afirmou que não foi uma decisão dele e sim uma aprovação por unanimidade no Congresso Nacional. “Esse nome é associado à ousadia, crescimento, sonho, o nome como é merecido”. Depois, emocionado, falou: “Pai onde quer que você esteja ai está a homenagem ao seu nome e que nunca se esqueçam quem você foi”, finalizou o deputado.

O Aeroporto Internacional Governador Aluízio Alves foi o primeiro aeroporto brasileiro a ser concedido pelo governo federal à iniciativa privada, ainda em 2011, quando o Consórcio Inframérica o arrematou em leilão. É o primeiro administrado exclusivamente pela iniciativa privada.

One response to “Henrique visita Aeroporto Aluízio Alves e relembra “embate” com ministro para viabilizar obra

  1. Nada contra a emoção do Henrique em ver a homenagem ao pai. Independente do mérito, preferia um aeroporto com um nome neutro, sem envolver um político, principalmente local, por incluir uma série de fatores, o ex-governador não foi um Santos Dumont, seria muito mais justo uma homenagem aos Potiguaras ou aos mártires de São Gonçalo do Amarante. Seria muito mais representativo, perdemos uma grande chance de desvincular a obra da classe política, tão desprestiríamos.

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