Gremista flagrada em ato racista precisa de apoio médico e não sai de casa

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Um furacão que eventualmente passasse por Porto Alegre não iria mexer tanto na vida de Patrícia Moreira quanto os atos racistas contra o goleiro Aranha ocorridos na Arena do Grêmio na última quinta-feira. A jovem de 23 anos, flagrada pelas câmeras da ESPN gritando ‘macaco’ ao camisa 1 da equipe paulista, tem dificuldades para sair de casa e precisa de apoio médico. Nesta quinta-feira ela é esperada pela polícia para prestar esclarecimentos sobre o fato e deve se manifestar pela primeira vez à imprensa.

O advogado que representa a jovem, Alexandre Rossato, conversou rapidamente com a reportagem do UOL Esporte na noite de quarta-feira. O profissional não deu muitos detalhes sobre a defesa dela, ou ainda sobre o teor das palavras a serem ditas para os policiais. No entanto confirmou que ela irá se apresentar para prestar esclarecimentos.

“Ela é uma jovem que não tem uma estrutura, não está pronta para aguentar este tipo de pressão”, afirmou o advogado.

Por isso ainda não se manifestou. Primeiro, irá prestar depoimento na 4ª Delegacia de Polícia de Porto Alegre. Depois, a ideia é que conceda a primeira entrevista após ter atos divulgados pelas câmeras de transmissão da partida entre Grêmio e Santos. Mas a manifestação em coletiva não está garantida.

Nas imagens da ESPN, cedidas à polícia e que serão apresentadas a Patrícia nesta quinta-feira, ela aparece ao lado de Bianca Bierhals, de 21 anos, na Arena do Grêmio. Bianca, via redes sociais, garante que não a conhecê-la. Ela sequer se manifesta na imagem, enquanto Patrícia aparece claramente gritando: ‘macaco’, ‘macaco’, ‘macaco’.

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul prepara um esquema especial de segurança para garantir a tranquilidade no depoimento da jovem nesta quinta. O Grupo de Operações Especiais irá reforçar a presença de policiais para evitar que qualquer manifestação ocorra.

Uol Esporte

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