O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MP-RN) pedirá a abertura de inquérito policial para investigar possíveis crimes cometidos pelo administrador Guilherme Mendes de Faria, além da agressão ao médico Antônio Andrade, dentro do posto de saúde em Tibau do Sul na noite de sexta-feira passada (4).
“Estamos acompanhando o caso, apesar de não ter recebido o processo oficialmente, justamente por Goianinha ser o foro natural do caso. E a primeira providência a ser tomada é a requisição de um inquérito para apurar os fatos”, comentou Sidarta John.
Até o momento, Guilherme respondia apenas a um termo circunstanciado de ocorrência (TCO), lavrado pela Polícia Civil. A decisão do MP-RN de abrir um inquérito muda o cenário, já que um TCO deixaria o caso no âmbito de juizado especial, que trata de pequenas punições, geralmente transformada em prestação de serviços comunitários ou pagamento de cestas básicas.
Já com a possibilidade de abertura de ação penal e encaminhamento para a Justiça comum, a situação fica mais grave para o agressor. “O Ministério Público consegue ver a possibilidade de outros crimes cometidos na ocasião, além da agressão ao médico”, comentou o promotor.
Diante de boatos sobre uma possível fuga do agressor, o representante do Ministério Público também afastou a possibilidade de Guilherme Mendes deixar o país ou mesmo o Rio Grande do Norte. Como constou em declaração registrada no TCO, Mendes estava com viagem marcada para o Canadá e comemorava o fato na praia da Pipa. “Ele foi intimado da decisão judicial. Se viajou é foragido”, completou Sidarta.
A intimação informava sobre a decisão judicial, emitida ainda no início da semana, que impediu Guilherme de viajar para fora do Brasil e até mesmo do Rio Grande do Norte, e foi recebida pelo administrador de 32 anos ainda na segunda-feira (7), três dias após o episódio de agressão em Tibau do Sul.
Do Novo Jornal