Coreia do Norte diz ter realizado teste nuclear com bomba de hidrogênio

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Foto: KCNA / AFP / CP

Uol – Pouco depois de um tremor de magnitude 5,1 ser registrado nesta quarta-feira (6) na zona de um sítio de testes nucleares da Coreia do Norte, o regime de Pyongyang confirmou, por meio de um pronunciamento da emissora estatal de televisão, a realização “com sucesso” de um teste nuclear com uma bomba de hidrogênio. Se trata do quarto teste atômico já realizado pelo país, o primeiro com a bomba H.

O epicentro do tremor fora registrado pelo Instituto Geológico dos Estados Unidos (USGS) no nordeste da Coreia do Norte, a cerca de 50 km de Kilju, próximo à base de testes nucleares de Punggye-ri, onde aconteceram os três testes atômicos realizados até o momento – em 2006, 2009 e o último deles em fevereiro de 2013.

“Agora somos um Estado nuclear que também possui a bomba de hidrogênio”, disse um locutor em um noticiário especial de cerca de cinco minutos de duração, exibido pela emissora de televisão estatal “KCTV”, ao meio-dia local (1h30 de Brasília).

A Coreia do Norte também anunciou por meio da agência estatal de notícias “KCNA” que o líder Kim Jong-un ordenou no último dia 15 a realização do primeiro teste com uma bomba de hidrogênio.

Antes do anúncio norte-coreano, centros sismológicos de Coreia do Sul, EUA, China e Japão tinham detectado um terremoto com magnitude entre 4,2 e 5,1 na região nordeste do país.

A detonação desta quarta-feira acontece menos de um mês depois que o regime de Kim Jong-un mencionou pela primeira vez que possuía a bomba de hidrogênio, uma afirmação que não pôde ser verificada pela comunidade internacional.

Muito mais potente

A bomba H é milhares de vezes mais potente que uma bomba nuclear comum, como as lançadas sobre as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, no fim da Segunda Guerra Mundial em 1945.

A bomba H, ou termonuclear, utiliza a enorme potência que resulta da fusão dos núcleos do hidrogênio, ao contrário da fissão atômica convencional das primeiras bombas desenvolvidas e lançadas no Japão. Com isso, sua potência é muito maior que a dos artefatos nucleares originários.

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