A dificuldade que o governador Robinson Faria vem enfrentando para estabilizar as contas públicas e combater a criminalidade presente no estado, somado ao fato de estar denunciado pela Procuradoria Geral da República por suspeita de obstrução de Justiça na Operação Dama de Espadas, que versa sobre fraudes e atos de improbidade administrativa na Assembleia Legislativa, são agravantes que podem dificultar a construção de um arco de aliança política em torno da busca pela renovação do mandato do chefe do Executivo estadual.
Nas conversas politicas o fantasma do lançamento da pré-candidatura de Robinson Faria anda assustando muita gente. Para alguns observadores da política estadual Robinson pode repetir a ex-governadora Rosalba Ciarlini, que estando desgastada politicamente e administrativamente não conseguiu a permissão do senador José Agripino para registrar a sonhada candidatura. No caso de Robinson, apesar de o governador ter o controle do seu partido, o PSD, convive com o pesadelo de se tronar réu no STF, condição que pode implodir a possibilidade de disputar a reeleição.
Por ter vencido o mais forte grupo político da terra potiguar nas eleições de 2014, praticamente sozinho, contando apenas com a determinação e articulação política do vice-governador Fábio Dantas, que recentemente desenhou para o Rio Grande do Norte como resolver os problemas que afetam as contas públicas do Governo do Estado, Robinson parece acreditar que enfrentar o desafio de disputar a reeleição com a caneta na mão é contar com algo a mais, além de “um fio de esperança”.
Por outro lado o mais forte adversário do governador também se encontra em situação delicada. Com denúncias de corrupção aparecendo por todos os lados o ex- deputado federal Henrique Eduardo Alves já é visto como carta fora do baralho no processo eleitoral de 2018.
Na contramão de Robinson Faria corre a senadora Fátima Bezerra, que apesar de ter sido acusada de receber ajuda financeira para a campanha proveniente de empresas denunciadas na operação Lava Jato, traz na bagagem seguidores que não utilizam o retrovisor quando o foco é chegar no lugar desejado. Porém, é bom lembrar que o projeto de Fátima passa por uma possível candidatura de Lula à presidência da República, se isso não acontecer a senadora volta a estaca zero, podendo ficar apenas para assistir a banda passar.
O PMDB, fragilizado com as denúncias envolvendo o ex-deputado Henrique Alves e o senador Garibaldi Filho, tenta montar um palanque com o nome do prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves, que ainda não decidiu se entra na disputa pela cadeira de Robinson Faria ou por uma vaga no Senado. O prefeito de Natal sabe que abraçar uma campanha sem ter a caneta na mão é uma ousadia que fica para poucos.
O senador José Agripino, que abriu o festival de vaias nessa fase de articulação política com vistas as eleições de 2018, tende a ficar falando sozinho. Sem base de apoio forte em Natal e Mossoró o senador do Democratas aparece enfraquecido para o evento político de 2018.
Diante dessa realidade em que nomes tradicionais da política potiguar enfrentam desgastes perante a opinião pública, novos cenários são desenhados com nomes a exemplo do empresário Flávio Rocha e do desembargador Cláudio Santos, ex- presidente do Tribunal de Justiça do RN, que apesar de não anunciar uma possível pré-candidatura ao governo tem o nome lembrado para o pleito que se avizinha.
Nesse meio politico podera voltar a ter um nome na disputa pra senado chama-se GERALDO MELO este que foi um grande governador!