BOLSONARO DEVE GRAVAR VÍDEO COM WEINTRAUB PARA OFICIALIZAR DEMISSÃO

 

Presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Educação, Abraham Weintraub Foto: Dida Sampaio /Estadão Conteúdo

O presidente Jair Bolsonaro deve gravar um vídeo ao lado de Abraham Weintraub para oficializar sua demissão do Ministério da Educação. A expectativa é que a gravação seja publicada nas redes sociais nesta quinta-feira, 18. A estratégia também foi usada para demitir a atriz Regina Duarte do cargo de secretária especial de Cultura, no dia 20 de maio.

O secretário nacional de Alfabetização, Carlos Nadalim, é o nome mais cotado para assumir a Educação. A exemplo de Weintraub, Nadalim é seguidor do guru bolsonarista Olavo de Carvalho e defensor do homeschooling – a educação domiciliar, sem precisar, necessariamente, comparecer à escola.

Na construção de uma saída “sem trauma”, o ministro da Educação, pressionado por seus ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF), deixará o posto a pedido. A expectativa de interlocutores de Weintraub é que Bolsonaro deixe registrado no vídeo a importância do auxiliar para o governo e atribua o seu desgaste ao empenho com que ele se dedicou para fortalecer o próprio presidente.

A medida é encarada como um afago necessário à base bolsonarista que apoia o ministro.

Até a noite desta quarta-feira, 17, o cenário mais provável é o que prevê para o economista Weintraub um posto no Banco Mundial. A solução caseira, com a nomeação de Carlos Nadalim para o MEC, atenderia ao desejo da ala ideológica do governo de ter um substituto que agrade à base de Bolsonaro.

A demissão de Weintraub é um aceno para uma pacificação com o STF e com o Congresso, que pressionam pela saída do ministro. A demissão também tem o apoio de integrantes do Executivo.

A situação de Weintraub já era considerada insustentável para uma parte do governo, mas piorou após ele se reunir, no domingo passado, com manifestantes bolsonaristas. O grupo desrespeitou uma ordem do governo do Distrito Federal, que proibiu protestos na Esplanada dos Ministérios.

Do Estadão Conteúdo

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