Em quarentena após contrair coronavírus, presidente Jair Bolsonaro passeia no jardim do Palácio da Alvorada Foto: Sergio Lima / AFP
Filho do presidente da República, Eduardo Bolsonaro admite que é “difícil segurar” o pai em casa, como é recomendado aos pacientes com coronavírus. Jair Bolsonaro foi diagnosticado com uma infecção do vírus na semana passada.
— Encontrei com ele há dois dias e já estava assintomático, bem de saúde. Inclusive, é difícil segurar ele em casa, a primeira-dama tá ralando ali pra segurá-lo — conta o filho do presidente.
Segundo Eduardo, Jair e Michelle mantêm distanciamento entre si para prevenir o contágio, e por isso a primeira-dama teve resultado negativo no teste para o vírus. Bolsonaro se restringe a seu escritório no dia-a-dia no Palácio da Alvorada.
— Eles estão mantendo distanciamento para evitar (o contágio). Na verdade, o Bolsonaro fica muito dentro do escritório dele e tem o banheiro do lado, ele está restrito a uma parte do palácio.
Reaproximação com PSL
Ao Globo, o deputado federal comentou também a reaproximação entre os bolsonaristas e a cúpula do PSL, partido ao qual seu pai era filiado. Disse que continua acreditando na criação do Aliança pelo Brasil, mas que a pandemia atrapalhou os planos.
— A gente não descarta nenhuma possibilidade, mas a gente continua acreditando no projeto do Aliança. A pandemia parou, não tem como fazer evento agora. A gente pede pro pessoal ir pra internet, preencher a ficha, mas isso aí tem um limite.
Eduardo Bolsonaro também se queixa da suspensão das atividades partidárias na Câmara, ainda imposta a ele e aos demais bolsonaristas do PSL, que acaba “atrapalhando o processo legislativo”. Ele prevê que isso seja resolvido.
Segundo Eduardo, as dificuldades no diálogo com o partido se devem à deputada Joice Hasselmann (SP), líder da sigla na Câmara até junho deste ano. No seu lugar, assumiu Felipe Francischini (PR), que vem conversando com o Palácio do Planalto.
— Aos poucos essa situação no PSL vai se acomodando. As sinalizações estão sendo feitas. Presidente falou com (Luciano) Bivar (presidente do PSL e deputado por Pernambuco), foi excelente a ajuda do Francischini.
O Globo