ESTUDANTE DE VETERINÁRIA PICADO POR COBRA NAJA NO DF ESTÁ EM COMA

Foto: Reprodução /Material cedido ao Metrópoles

Suspeita é de que homem criava animal em casa; espécie é uma das mais venenosas do mundo. Soro para tratamento precisou ser encomendado de São Paulo.

Um estudante de veterinária está em coma induzido após ter sido picado por uma cobra naja. O caso ocorreu na terça-feira, 7, em um sítio no Gama, cidade no entorno do Distrito Federal.   A serpente, considerada uma espécie exótica, pertence ao próprio universitário, Pedro Henrique Lehmkuhl, 22 anos.

Pedro Henrique   estuda medicina veterinária com ênfase em animais silvestres e exóticos. A Naja é comumente encontrada na África, no Sudoeste da Ásia, Sul da Ásia e Sudeste Asiático.

De acordo com a Fundação Jardim Zoológico de Brasília, não há registro de entrada da espécie na capital federal.

A polícia acredita que o jovem criava a cobra ilegalmente em casa.

A Polícia Civil do Distrito Federal e o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) abriram investigação para identificar como a cobra chegou ao Brasil.

O animal integra a lista das serpentes mais venenosas do mundo.

Em estado grave

Pedro está internado no Hospital Maria Auxiliadora, no Gama em como induzido. Ainda na noite de terça o jovem recebeu soro antiofídico fornecido pelo Instituto Butantan, em São Paulo.

O Butantan informou que não produz e nem disponibiliza soro para acidentes com naja, uma vez que é uma espécie exótica, não pertencente à fauna brasileira.

A instituição somente mantém um pequeno estoque em sua unidade hospitalar de atendimento para eventual acidente com pesquisadores que realizam estudos com o animal no instituto.

Foto: arquivo pessoal/Metrópoles

Riscos

A infectologista Joana D’arc Gonçalves explica que a Naja “é um gênero que pode produzir acidentes graves”.

“[A espécie libera] uma neurotoxina que vai atuar no sistema nervoso central, que pode levar à paralisia respiratória”, disse.

Ainda de acordo com a especialista, o fato da espécie não ser brasileira faz com que seja “muito complexo fazer o diagnóstico e o tratamento adequado”.

Por G1/Catraca Livre

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