Foto: Reprodução – Ex-secretário de saúde do Rio, Edmar Santos é investigado por compra de respiradores sem licitação
O ex-secretário estadual de Saúde do Rio de Janeiro Edmar Santos foi preso em uma operação do MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) realizada na manhã desta sexta-feira, dia 10, em sua casa, em Botafogo, na Zona Sul do Rio.
Segundo o órgão, ele é apontado como integrante da organização criminosa que fraudou contratos de compra de respiradores pulmonares, em caráter emergencial, para atendimento de pacientes com a covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. O ex-secretário vai responder pelos crimes de organização criminosa e peculato.
Agentes do Ministério Público na casa do ex-secretário Edmar Santos Foto: Reprodução/TV Globo
De acordo com o MP, Edmar diz desconhecer a existência de um esquema de fraudes para compra dos equipamentos. Em 6 de julho, ele se manteve em silêncio em depoimento por videoconferência para a Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), alegando seguir instruções dos seus advogados.
A prisão é um desdobramento da Operação Mercadores do Caos. Mandados de busca e apreensão também foram cumpridos numa outra casa dele, em Itaipava, na região serrana. Os mandados foram expedidos pelo Juízo da 1ª Vara Criminal Especializada da Capital.
Segundo o MP, houve autorização da Justiça para acesso e extração de conteúdo armazenado nos materiais apreendidos, como celulares, computadores e pen drives, inclusive de registros de conversas telefônicas ou telemáticos, como mensagens via SMS ou aplicativos como WhatsApp.
A Justiça também autorizou o arresto, ou seja, a apreensão judicial, de bens e valores de Edmar até o valor de R$ 36.922.920,00, equivalente aos recursos desviados em três contratos fraudados para compra dos equipamentos médicos.
Investigação
Segundo o Ministério Público, as investigações “sobre a organização criminosa que se infiltrou e se apoderou das estruturas da Secretaria Estadual de Saúde do Rio” identificou que Edmar era “comandante do grupo” ao lado do ex-subsecretário executivo da pasta Gabriell Neves, que foi preso em 7 de maio.
Por UOL/São Paulo