TRÊS FARMACÊUTICAS ANUNCIARAM QUE NÃO VÃO VENDER VACINA CONTRA COVID-19 A PREÇO DE CUSTO

Foto: Getty Images/iStockphoto

Em contrapartida, dois laboratórios concordaram em comercializar suas vacinas sem lucro

Os laboratórios norte-americanos Pfizer, Merck Sharp & Dohme (MSD) e Moderna disseram nesta terça-feira (21) que, se conseguirem obter uma vacina contra o novo coronavírus, não a venderão a preço de custo.

Já a Johnson & Johnson e a AstraZeneca concordaram em vender suas vacinas sem lucro, inicialmente. O anúncio foi feito durante uma audiência no Congresso americano.

Várias empresas receberam subsídios de centenas de milhões de dólares do governo americano e de outros países, porém esses acordos nem sempre limitamo preço máximo das doses da vacina.

A Moderna desenvolveu uma das vacinas experimentais mais avançadas, cujos testes de fase três terão início na próxima semana com 30 mil voluntários.

A companhia de biotecnologia recebeu US$ 483 milhões do governo dos Estados Unidos para o financiamento de pesquisa e desenvolvimento, mas, segundo o presidente da farmacêutica, Stephen Hoge, não há contrato de fornecimento para o país.

Julie Gerberding, da MSD, disse que o laboratório não terá uma vacina pronta pelo menos até 2021 e que também não fechou acordo para fornecer aos EUA. De acordo com John Young, da Pfizer, o preço da vacina da fabricante será avaliado e levará em conta a atual emergência global de saúde.

Por outro lado, a AstraZeneca, parceira da Universidade de Oxford no desenvolvimento de uma das vacinas em estágio mais avançado hoje, assinou um contrato de US$ 1,2 bilhão com a agência Barda, do governo norte-americano. Eles preveem a entrega de 300 milhões de doses a preço de custo. A União Europeia assinou acordo semelhante em junho.

A fórmula da vacina britânica já está sendo testada no Brasil e na África do Sul após etapas bem-sucedidos no Reino Unido. Em São Paulo, os estudos são liderados pelo Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (Crie) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). A infraestrutura médica e de equipamentos é financiada pela Fundação Lemann. No Rio, os testes ficam a cargo do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino e da Rede D’Or, que vai cobrir os custos da primeira fase da pesquisa.

A Johnson & Johnson afirmou que a distribuição da vacina não vai gerar lucro durante a fase de emergência. A empresa e governo dos EUA planejam fabricar 1 bilhão de doses de vacina contra coronavírus.

Por: oglobo.globo.com

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