ESTUDANTE DE MEDICINA DA UFRN É PRESO SUSPEITO DE PARTICIPAR DE FRAUDE EM VESTIBULARES PELO PAÍS

Um estudante de medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) se apresentou nesta terça-feira (15) à Delegacia Especializada de Capturas (Decap), em Natal. Ele é suspeito de participação no esquema de venda de vagas em cursos de medicina e estava foragido. A prisão preventiva é um desdobramento da chamada Operação Asclépio Verita, deflagrada pela Polícia Civil de Assis, em São Paulo, que prendeu envolvidos em cinco estados.

O homem tem 25 anos e é natural de Apodi, na região Oeste do RN. Ele foi interrogado durante seis horas e confessou a participação na fraude, de acordo com o delegado Odilon Teodósio, titular da Decap.

“Ele revelou que entrou para essa organização criminosa porque se viu na necessidade de fazer manutenção financeira própria, e achou que o ganho era expressivo. Conheceu alguns destes que foram presos à época de residência universitária. Se empolgou e chegou a fazer provas em três universidades – Faculdade de Medicina do ABC Paulista, em São José dos Campos e na Faculdade Tiradentes, de Jaboatão dos Guararapes”, disse Odilon.

O delegado lembrou que, no esquema, estudantes de medicina e médicos faziam vestibulares (provas) no lugar de outras pessoas, com uso de identidade falsa, com o objetivo de garantir a aprovação em cursos de medicina de universidades particulares bem conceituadas. “Esse grupo era formado por estudantes de medicina e alguns até formados em medicina. Eles fizeram várias provas Brasil afora. Esses alunos que acessavam as universidades chegavam a pagar até R$ 80 mil para esse grupo organizado”, falou.

Odilon Teodósio ressaltou que “grande parte do esquema era feito no Rio Grande do Norte”. “O indivíduo que fazia a prova no lugar do aluno recebia uma identidade falsa, feita aqui em Natal. Quem fazia essa identidade já foi identificado, a polícia está procurando. Já tem mandado de prisão”, lembrou.

Sobre os outros presos no Rio Grande do Norte durante a operação, Odilon conta que “a maioria cumpriu prisão temporária de cinco e dez dias, foram interrogados pelos delegados que vieram de São Paulo”, e depois foram liberados pela justiça. Destacou também que agora vem a fase de análise do grande volume de material que foi apreendido com os envolvidos.

G1 RN

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