As mulheres têm menor probabilidade de possuir aparelhos digitais e ter acesso à internet na América Latina. As desigualdades de gênero se estendem no acesso a dispositivos e recursos tecnológicos, reforçando a iniquidade das mulheres na região.
A conclusão é de relatório lançado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento e pelo IICA (Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura). O estudo foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido.
Em 23 países analisados, a propriedade de telefones móveis é majoritariamente maior entre homens do que entre mulheres. As diferenças mais acentuadas ocorrem no Equador, em El Salvador, na Guatemala, em Honduras, em Trindad e Tobago e na Venezuela.
Em 5 dos 23 países estudados esta tendência se inverte. Isso ocorre na Argentina, no Brasil, no Chile, no Haiti e no Panamá. Na Jamaica, os índices são semelhantes. Na evolução dos índices, as mulheres chegaram a ter uma possibilidade maior em 2007, mas desde então a brecha de gênero favoreceu os homens.
O apontamento da desigualdade no uso de tecnologias da informação é justificado pelos autores também como tema relevante uma vez que o acesso ao telefone também possibilita a participação de práticas importantes, sejam elas de comunicação pessoal, interação social ou facilitação da atividade econômica.
Além disso, os responsáveis pelo estudo identificaram também uma correlação entre os hiatos digitais e situações de vulnerabilidade, como empregos precários.
Fonte: Poder360