‘NÃO SOU UM CRIMINOSO, SOU UMA BOA PESSOA’, DIZ HACKER PRESO PELA PF POR ATACAR SISTEMAS DO TSE

O hacker identificado como Zambrius, que atacou os dados da Justiça Eleitoral do Brasil e foi preso neste sábado, 28, pela Polícia Federal em Portugal, é um rapaz de 19 anos, que se diz “viciado” em programação de computador e portador da Síndrome de Asperger, que está dentro do espectro do autismo. Pessoas com Asperger têm certo grau de dificuldade na interação social e contato físico e podem desenvolver muita habilidade em temas de interesse específicos.

O Estadão apurou com fontes ligadas às investigações, tanto no Brasil como em Portugal, que o preso é Zambrius.

Em conversas com o Estadão feitas por e-mail, nos dias 17 e 18 deste mês, Zambrius, líder do grupo que assumiu a autoria do ataque ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no primeiro turno das disputas municipais, disse que não tinha a intenção de ajudar a impulsionar teorias conspiratórias contra a urna eletrônica. A troca de mensagens ocorreu num momento em que ele ainda era apenas suspeito de envolvimento nas invasões do site do tribunal.

O hacker é conhecido pelas autoridades de Portugal. A primeira detenção do português foi em 2017, quando ainda tinha 17 anos. A última foi em abril deste ano, sempre por envolvimento com ataques cibernéticos. Até então, as ações haviam lhe rendido medidas cautelares. Zambrius estava sob prisão domiciliar e obrigado a usar uma tornozeleira eletrônica, que aparece nas fotos enviadas à reportagem. O hacker conta que agiu por “diversão” e por ser contra governos.

O objetivo principal era demonstrar que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) continuava vulnerável mesmo depois de ter sido anunciado que tinham reforçado a segurança. Eu também incluí um pequeno “protesto” exigindo investigações nos estabelecimentos prisionais do Brasil, Portugal, e ao redor do mundo.

Fonte: Estadão Conteúdo

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