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O candidato à presidência da Câmara dos Deputados Arthur Lira (PP-AL) reagiu nesta segunda-feira às exonerações feitas por Rodrigo Maia (DEM-RJ) na estrutura da Casa. Como informou O GLOBO, servidores em cargos comissionados indicados por parlamentares do bloco de Lira foram demitidos. Maia apoia Baleia Rossi (MDB-SP) para eleição que ocorrerá em fevereiro. Segundo Lira, trata-se de um exemplo de “fisiologismo”.
— Isso não é Câmara livre. É uma troca clara de ideologia por espaço político, fisiologismo. Cabe à imprensa apurar. Não gosto de fazer essa política, não farei essa política, não farei essa crítica, as coisas acontecem naturalmente. Mas não acho normal que a 15 dias do fim do mandato de uma Mesa você esteja fazendo demissões ou contratações em massa — disse Lira.
Houve cerca de 20 exonerações e um número equivalente de nomeações registradas no boletim administrativo da Câmara dos Deputados desde o dia 20 de dezembro — desconsiderando as exonerações a pedido —, nem todas relacionadas a partidos específicos. O deputado do PP ironizou a slogan da campanha de Rossi.
— É claro que vocês estão vendo um movimento atípico de exonerações e nomeações de servidores a 15 dias do final de um mandato de uma Mesa. Eu pergunto: é normal? Alguma reforma administrativa? Foram os servidores que pediram demissão? Na verdade nós estamos recebendo relatos de deputados de pessoas ligadas que tiveram servidores demitidos sem nenhum tipo de notificação, remanejamento de cargos (…) Isso é o maior exemplo de uma Câmara livre. Então, é isso: você prega uma coisa e faz outra — acrescentou.
Fonte: O Globo