Sede do Fórum Econômico Mundial vazia neste ano, em Davos: evento será virtual Foto: Arnd Wiegmann / Reuters
O impacto do coronavírus na economia e a forma como ele vai remodelar a sociedade no mundo pós-pandemia são o tema central das discussões do Fórum Econômico Mundial deste ano. O evento, que começa nesta segunda-feira, será totalmente virtual pela primeira vez. Não há previsão de participação do presidente Jair Bolsonaro nesta edição.
O governo brasileiro será representado pelo vice-presidente Hamilton Mourão. Os ministros Paulo Guedes, da Economia; Tereza Cristina, da Agricultura; e Ernesto Araújo, das Relações Exteriores, participarão de painéis ao longo da semana. Também o governador de São Paulo, João Doria, estará no Fórum.
O encontro tradicionalmente realizado em Davos, na Suíça, foi adiado para maio em razão da pandemia, e está previsto para ocorrer em Cingapura. A programação on-line está sendo chamada de Agenda Davos 2021.
Com a economia global atravessando a pior crise de que se tem registro, incluindo a escalada do desemprego e da desigualdade, os tópicos que permeiam os debates do Fórum cobrem assuntos como sistemas econômicos e sociais mais justos e discussões sobre os desafios para a vacinação da população contra a Covid-19.
O crescimento econômico precisa ser “mais resiliente, mais inclusivo e mais sustentável”, disse o fundador do Fórum, Klaus Schwab, em uma entrevista coletiva.
A programação inclui ainda pronunciamentos de líderes de diversos países, como Xi Jinping, da China — que fala já nesta segunda-feira, antes ainda de António Gueterres, secretário-geral da ONU —, Emmanuel Macron, da França; Angela Merkel, da Alemanha; e Alberto Fernández, da Argentina, entre outros.
No esforço para encontrar rumos para restabelecer o crescimento econômico global, a pauta dos líderes, empresários e especialistas passa por discutir ainda indústria 4.0, mecanismos ligados a mudanças climáticas, promoção da equidade de gênero no centro da retomada, facilitação do empreendedorismo social, construção de sistemas de saúde resilientes a períodos de crise e outros.
O Globo