Foto: Alex Régis
A situação da pandemia do coronavírus e suas variantes pode ganhar contornos ainda mais drásticos no Rio Grande do Norte. Não bastassem os pacientes aguardando um leito crítico para tratar a covid, prefeitos que se reuniram com a governadora Fátima Bezerra e o vice, Antenor Roberto, ao longo da tarde dessa terça-feira, alertaram para “dificuldades para renovar os estoques estratégicos de oxigênio”. Sem o insumo, pacientes poderão morrer asfixiados dentro ou fora das unidades de saúde e também nas ambulâncias. Novos decretos do Governo do Estado e da Prefeitura de Natal devem ser publicados nesta quarta-feira (17), com novas regras de combate ao vírus.
Após o caos causado pela falta de oxigênio em Manaus, houve o questionamento por parte da imprensa ao Governo do Rio Grande do Norte, em fevereiro, sobre os riscos que o estado tinha de passar por situação semelhante. O próprio Ministério Público chegou a solicitar informações e o secretário de Saúde, Cipriano Maia, disse que o Rio Grande do Norte não corria esse risco devido à forma com que a estrutura para o fornecimento de oxigênio foi montada pelo Executivo.
“Estamos em uma situação extremamente favorável. No início da pandemia, instalamos tanques de oxigênio em todos os hospitais, com a exceção de Apodi, que é a forma mais segura de abastecimento. A maioria depende de cilindros e sabíamos que não daria conta devido à pandemia. Nos reunimos com a empresa que fornece o oxigênio, que nos garantiu que não teríamos problemas”, garantiu o secretário, em fevereiro. Contudo, alguns prefeitos relataram problemas no abastecimento e cobraram do Governo atenção para a possibilidade de faltar o oxigênio nas unidades de atendimento à covid.
“Temos que trabalhar de forma conjunta para vencer esse vírus. O momento não permite discussões ideológicas ou política. Precisamos focar na premissa de salvar vidas, falar a mesma língua”, sugeriu o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra, que fez um relato sobre a ocupação de leitos no município.
Tribuna do Norte