Foto: Reprodução/TV Cabo Branco
O volume de lixo encontrado nas praias da Paraíba não é o suficiente para ter origem apenas no território paraibano, de acordo com Welison Silveira, secretario do Meio Ambiente de João Pessoa e presidente da Associação Nacional de Órgãos Municipais de Meio Ambiente (Anamma). A constatação foi feita após uma vistoria e inspeções aéreas e marítimas, através da foz dos rios e também em maceiós.
Cerca de 40 toneladas de lixo, incluindo embalagens plásticas e seringas, foram encontradas no litoral paraibano nesta semana.
Ainda conforme Welison Silveira, considerando que há resíduos com endereço de Pernambuco, como material de propaganda, endereços em embalagens, é possível que as enchentes do estado vizinho estejam trazendo os resíduos do local.
As principais providências estão sendo adotados e encaminhadas aos órgãos ambientais responsáveis, bem como ao Ministério Público Federal (MPF) e Ministério Público da Paraíba (MPPB).
O lixo foi encontrado nas cidades de João Pessoa, Conde e Cabedelo. Em João Pessoa, o lixo atingiu as praias do Bessa, Manaíra e Tambaú. Moradores de Lucena também relataram ter encontrado lixo na praia do município. Também foi encontrado lixo nas areias das praias do Rio Grande do Norte, na divisa com a Paraíba.
A Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco (Semas) afirmou que está em contato com o órgão ambiental do governo do Rio Grande do Norte para auxiliar na identificação da origem do lixo que surgiu no litoral potiguar. No sábado (24), a Semas informou que pediu relatórios com análise do material encontrado e também amostra para realizar estudos.
Segundo Welison Silveira, a Semam-JP e a Anamma-PB vão enviar relatórios técnicos para a Sudema e para o Ministério Público Federal, além de reforçar a necessidade urgente de trabalhar educação ambiental nas escolas.
A Sudema informou que visitou as praias e está trabalhando para identificar a origem do material. Em relação a qualidade das praias para os banhistas, a autarquia informou que a balneabilidade não foi afetada.
De acordo com Geandro Guerreiro, chefe da divisão técnico-ambiental do Ibama na Paraíba, o instituto está acompanhando a situação e cobrando informações sobre o ocorrido às prefeituras envolvidas. G1/PB