MÃE DE GAEL NÃO SE LEMBRA DE NADA E ‘ESTÁ EM PAZ’, DIZ ADVOGADO

Foto: Reprodução

Indiciada por homicídio qualificado pela morte do filho Gael, 3, Andréia Freitas de Oliveira, 37, não se lembra do crime, não quer contato com a família e está “em paz, sereníssima”, segundo o advogado da suspeita, Fábio Gomes da Costa, que recebeu o UOL. Ainda ontem, Andréia foi transferida para a Penitenciária Tremembé 1, no interior de São Paulo.

De acordo com o advogado, seu primeiro contato com Andréia foi feito ontem na delegacia, por volta das 6h.

“A primeira coisa que ela fez quando meu viu foi por a mão na cabeça e perguntar ‘o senhor sabe onde está o Gaelzinho?’ E eu tive de dar a notícia”, afirma o defensor.

EM PAZ E SEM REMORSO

Quando a conversa foi retomada, o advogado perguntou o que havia acontecido. “Ela falou ‘eu não lembro'”, conta o advogado, que relatou um apagão na memória de Andréia.

Ela teria contado ao advogado que estava na cama na noite de domingo com as crianças quando teria se sentido com febre. “Ela foi tomar uma chuveirada e apagou no banheiro”, relata.

Andréia teria recobrado a consciência apenas “no momento em que foi tirada do banheiro, colocada numa cadeira de rodas e visto na rua carros com luzes”, conta o advogado. Segundo o boletim de ocorrência, esse foi o momento em que ela foi resgatada pela polícia do banheiro, onde foi encontrada em posição fetal.

Ainda segundo o defensor, “a ficha não caiu até agora”, mas ela não sofre de remorso e está em paz. “Ela tem tristeza por ter perdido o filho. Mas ela não sente remorso porque não se coloca na condição de autora”, diz.

SEM CONTATO COM A FAMÍLIA

De acordo com o advogado, Andréia não quer contato com nenhum familiar. Ontem, sua mãe biológica a procurou na delegacia, mas Andréia não quis recebê-la. Segundo Costa, “ela tem muita mágoa da mãe”. Andréia ainda cogita a possibilidade de falar com a tia-avó, com quem morava e que ajudava na criação de Gael.

“Tentamos contato com a tia-avó hoje pela manhã, mas ela não quis nos receber. Eu tinha alguns recados para entregar, mas não pude”, diz o defensor, que tentava atender a um pedido de sua cliente:

“Ela me pediu para trazer um livro, ‘o que o senhor quiser, mas se tiver a oportunidade, quero o meu livro de Salmo 23 prateado e a minha Bíblia verde'”, relata.

UOL

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Topo