Rogério Caboclo, presidente da CBF Foto: Lucas Figueiredo/CBF
O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Rogério Caboclo, foi afastado do cargo neste domingo (6), conforme informação confirmada pelo colunista Caio Junqueira. O afastamento por 30 dias é por decisão da Comissão de Ética após denúncia de assédio sexual.
As investigações contra o ex-presidente da entidade devem começar já nesta segunda-feira (6). A denúncia foi protocolada na sexta-feira (4) e, de acordo com o Código de Ética da organização, os trâmites investigativos começam no próximo dia útil após o recebimento da notificação.
Caboclo será investigado e julgado por duas câmaras diferentes, que fazem parte da comissão. A primeira é composta por cinco membros, e terá um relator escolhido pelo próprio presidente do conselho, Carlos Renato de Azevedo Ferreira. O grupo é responsável por apurar indícios, ouvir testemunhas e analisar provas da denúncia. A Câmara de Julgamento irá analisar o relatório dos integrantes, e aplicar as medidas cabíveis caso decidam pela condenação
A CNN confirmou com fontes que o diretor de Governança e Conformidade da CBF, André Megale, enviou um e-mail na noite de sábado (5) sugerindo que Caboclo se licencie da função até que a investigação seja concluída. Também justificou que, dessa forma, Caboclo conseguiria dedicar-se à própria defesa. O e-mail foi direcionado ao atual presidente e outros 22 dirigentes.
De acordo com a apuração, a maioria concordou com o conselho de afastamento feito por Megale. Ainda segundo fontes, outros dirigentes, porém, estariam tentando convencer Caboclo a renunciar e teriam justificado que seria mais honroso para o então presidente da instituição comunicar sua saída, do que ser afastado pela CBF.
Mas Caboclo estaria resistindo à ideia, e até o momento não teria reunido seus dirigentes para se explicar das acusações, o que estaria tornando sua situação cada vez mais delicada internamente.
Denúncia
Uma denúncia formal de assédio moral e sexual contra o presidente da instituição, Rogério Caboclo foi enviada à Comissão de Ética da CBF e a Diretoria de Governança e Conformidade na última sexta-feira (4).
A acusação foi feita por uma funcionária que ocupa um cargo de confiança e trabalha há cerca de nove anos na CBF. No documento apresentado pelo escritório Ideses Advogados, que representa a suposta vítima, a defesa afirma ter provas dos fatos narrados e pede que o dirigente seja investigado e afastado. Os advogados também pedem investigação na Justiça estadual.
Desde então, a funcionária encontra-se afastada de suas funções após, supostamente, apresentar problemas de saúde.
CNN Brasil