PROTESTOS CONTRA VACINA ANTICOVID SE ESPALHAM PELA FRANÇA PELO TERCEIRO SÁBADO CONSECUTIVO

© AP – Michel Euler

Milhares de franceses voltaram às ruas neste sábado (31) contra a obrigatoriedade de vacinação contra a Covid para determinadas categorias profissionais e a expansão do passaporte sanitário para a realização de diversas atividades no país. É o terceiro sábado consecutivo marcado por protestos sobre o tema na França.

Uma pesquisa indicou na sexta-feira(30) que 40% dos franceses apoiam os protestos contra a instauração do passaporte sanitário, um documento que comprova a vacinação completa ou um teste negativo para o coronavírus. Este atestado agora é exigido no país para a entrada em estabelecimentos culturais e de lazer, e deverá ser ampliado a partir de 9 de agosto para locais como restaurantes e bares. A expectativa  do governo é barrar, pela vacinação, o avanço da variante delta do coronavírus no país.

 Neste sábado, as manifestações começaram no início da tarde, em diversas cidades do país. Em Paris, elas partiram de quatro pontos diferentes da capital, conforme a orientação política dos manifestantes.

Recuperação política

Os protestos têm sido liderados pela extrema direita, mas também são recuperados pela esquerda radical e por movimentos antissistema – entre eles, o dos coletes amarelos. Os ataques ao governo de Emmanuel Macron, acusado de “ditador”, são virulentos.

Nos cartazes, eles reivindicam mensagens como “fora Macron”, “terror sanitário” e “não ao passaporte sanitário”. O documento foi adotado no último domingo pelo Parlamento francês, depois de seis dias de intensos debates.

No cortejo que partiu ao norte de Paris, houve focos de tensão com a polícia em pontos como o Moulin Rouge, famosa casa de espetáculos da cidade. A polícia recorreu a bombas de efeito moral.

“Estão assustando as pessoas para aprovar leis cada vez mais liberticidas, supostamente para voltarmos à normalidade. Mas o estado de emergência sanitária é prolongado a cada vez”, protestou a jovem Amélie, de 28 anos.

Uma educadora que também foi às ruas em Paris, que prefere não revelar o nome, trabalha em um centro de apoio a viciados e agora é obrigada a se vacinar para não perde o emprego. Ela disse que, para evitar o imunizante, pretende recorrer a uma licença médica ou a um falso passaporte sanitário. “O risco da vacina é superior ao que eu corro se pegar a Covid”, reclamou a mulher de 45 anos, alegando não sofrer comorbidades.

Com informações da AFP/rfi/msn

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