HOMEM DE 36 ANOS CONSTRÓI O PRÓPRIO JAZIGO, PÕE FOTO E ATÉ APONTA DATA DE MORTE: ‘EM BREVE’

Foto: Reorodução

O comerciante Cleyton Melo de Souza, de 36 anos, chamou a atenção ao construir o próprio jazigo, colocar a sua foto e afirmar que não tem medo e que está à espera da morte. No espaço reservado para a data do óbito está escrito “em breve”, ao lado de uma foto colorida dele, que ainda está vivo.

Na obra, em formato de “capelinha”, há espaço para dois caixões. É possível observar duas fotos de Cleyton, e um local para acender velas e colocar plantas.

O serviço terminou em 2021, mas começou a ganhar mais notoriedade depois que uma pessoa foi ao pequeno cemitério de Vila Mendes, em Limoeiro, no Agreste pernambucano, e se deparou com a construção e gravou um vídeo.

Foto: Reprodução

 O comerciante contou que tudo começou na época do primeiro pico da pandemia, ainda em 2020.

Ele admitiu ter ficado abalado com mortes de pessoas próximas e passou a refletir sobre como seria o seu próprio óbito e como “seria lembrado” pelos familiares e amigos. Assim, descobriu que gostaria de não ser apenas mais um morto naquele cemitério.

Passado certo tempo, começou a se divertir com a repercussão provocada pela construção do jazigo para ele mesmo. E até se surpreendeu com as pessoas visitando a sua catacumba, no Dia de Finados, em 2021.

 Casado e pai de três filhos de 6, 11 e 18 anos, Cleyton é dono de uma padaria localizada em Mendes, distante seis quilômetros do Centro de Limoeiro. Na localidade, a vida é bem tranquila e o celular nem sempre pega direito.

“Estava curioso para saber como seria. Fui lá e vi o pessoal colocando velas lá. E tinha muita vela, viu. Fiquei pouco tempo para as pessoas não ficarem brincando muito lá”, disse.

Sobre a obra, Clayton afirma que tem “orgulho” do produto final. “Tem espaço para dois caixões”. Sobre o fato de ter escrito “em breve” no espaço para a data de morte, ele respondeu rápido. “Pode ser daqui a cinco horas ou 50 anos”, declarou.

O bom humor de Cleyton só diminui quando fala sobre a reação da própria mulher. “Ela ficou meio brava. E eu ainda disse que ia colocar a foto dela também”, contou, em tom de brincadeira.

Em relação aos amigos, o comerciante definiu de maneira resumida a situação: “O apelido ainda não pegou muito, mas já me chamam de Clayeton da Tumba”. Ao se despedir, garantiu que iria se cuidar e cumprir a recomendação de “ficar bem vivo”.

Com informações do g1/PE

 

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