Foto: Ricardo Stuckert/PT

O senador Jean Paul Prates (PT-RN) é o nome mais cotado para assumir a presidência da Petrobras a partir de 2023, caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vença as eleições deste ano. Prates tem contribuído na construção do programa de governo de Lula no campo energético, e, de acordo com interlocutores da campanha do petista, pesa a seu favor a experiência que acumulou em sua vida profissional atuando no ramo petrolífero.

Há ainda no PT um reconhecimento do gesto político do senador, que abriu mão de disputar a reeleição para o Senado, em nome da aliança no Rio Grande do Norte, em torno da busca de novo mandato para a atual governadora, Fátima Bezerra.

Na costura, em vez de disputar o Senado, Prates deverá ser suplente de Carlos Eduardo Alves (PDT), em uma ampla aliança no estado, que une, além do PDT de Ciro Gomes, o MDB de Simone Tebet. Fátima terá o emedebista Valter Alves, filho do ex-ministro Garibaldi Alves (MDB), como candidato a vice.

A possível indicação ao comando da empresa petrolífera é conhecida nos bastidores da campanha. O núcleo duro de Lula, no entanto, evita falar em nomes. “Vamos primeiro ganhar as eleições”, diz o coordenador do programa de governo, ex-ministro Aloizio Mercadante, presidente da Fundação Perseu Abramo.

Prates, por sua vez, também evita se colocar como o nome para o comando da estatal. No entanto, tem se dedicado a estudar ainda mais o assunto e participado da elaboração do plano para o setor energético.

“Aval de Lula”

Entre petistas ouvidos pelo Metrópoles, Jean Paul Prates é dado como “nome certo” para assumir uma “estatal do ramo energético”. Os movimentos do senador também apontam no mesmo sentido. Em fevereiro deste ano, quando tentava construir no Senado um acordo para a aprovação do projeto que criava um fundo de amortização para o preço dos combustíveis, o senador levou seu relatório para avaliação de Lula.

Na ocasião, Prates conseguiu o aval do líder petista para o texto, que funcionava como um remédio emergencial para o preço da gasolina – na época, o litro já batia os R$ 8, em média. O relatório, no entanto, ainda está parado no Senado.

Com informações do Metrópoles