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O padre Antônio Murilo de Paiva, pároco de Parnamirim, na Grande Natal, saiu em defesa neste domingo (5) do padre Júlio Cézar Cavalcante, que foi afastado na última sexta-feira (3), pela Arquidiocese de Natal, após vir à tona seu envolvimento em um escândalo sexual.
Durante homilia na missa de Pentecostes na Igreja Matriz de Parnamirim, padre Murilo criticou a repercussão do caso e disse que o padre Júlio deveria ser perdoado porque já se confessou e se arrependeu do que fez, assim como os outros envolvidos.
“Se fosse crime, qual o crime que não prescreve com 10 anos? Um ou dois crimes. Pedofilia, uma coisa assim… Se fosse crime… Não é crime. A conversa da mulher com o marido e com o padre foi em 2019. O fato, em 2012. O casal vive, e vive bem até hoje”, enfatizou padre Murilo.
Ele complementou: “Que sociedade é essa, hem? Que mundo é esse em que a gente está vivendo? Um pecado não precisa ser confessado duas vezes. Estamos diante do tribunal sem que o acusado possa se defender, que são as redes sociais. Se o pecador se confessa, reconheceu seu limite, diante do seu limite, fez o seu papel de sacerdote, aconselhou, o conselho foi aceito, foi vivido e ele agora é condenado pelo tribunal aberto…”.
Padre Murilo criticou, ainda, padres em geral que estão em silêncio diante da repercussão do assunto. “Que triste raça é essa de padre que não tem ninguém que defenda? Homens que se dão a vida inteira, todo dia e toda hora, e não tem ninguém que nos defenda? Nem nós mesmos? Que coisa, que coisa”, acrescentou.
98FM