ATO DO PREFEITO ZÉ FIGUEIREDO DENOMINA LARGO MANOEL AMÂNCIO DE SOUZA, PRAÇA AO LADO DA CAPELA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS EM LARANJEIRAS DO ABDIAS

Foto: Ilma Emerenciano

De acordo com a Lei n.º 1.275/2022O, sancionada pelo prefeito José de Figueiredo Varela, conhecido como Zé Figueiredo, o largo da Capela do Sagrado Coração de Jesus, em Laranjeiras do Abdias, comunidade rural de São José de Mipibu, passou a ser denominado “Largo Manoel Amâncio de Souza”, em homenagem ao artesão e seleiro Manoel Amâncio de Souza, vaqueiro simples, estimado e famoso na região pela profissão que escolheu.

Seu Manoel Amâncio, como era conhecido o seleiro na região, faleceu no dia 21 de março deste ano, deixando um legado do ofício que passou a exercer ainda quando era um menino de calças curtas, como se costuma falar no interior.

Mestre no ofício o seleiro Manoel Amâncio, além de recuperar selas, produzia acessórios para montaria, como cabrestos, rédeas, chicotes e cabeçadas. Sua freguesia constava do mais simples vaqueiro ao mais abastado fazendeiro da região Agreste do Rio Grande do Norte.

Foto: Ilma Emerenciano

O pedido para transformar o espaço onde trabalhava o artesão num local voltado para o artesanato em couro, surgiu dos próprios familiares do velho vaqueiro, que delegaram ao jornalista Daltro Emerenciano a missão de levar ao conhecimento do prefeito Zé Figueiredo, o sonho sonhado pelos parentes de Manoel Amâncio.

Ao tomar conhecimento do pleito apresentado por Daltro Emerenciano e após ouvir os argumentos apresentados pelo emissário, o gestor municipal de São José de Mipibu abraçou a ideia, dizendo que conheceu de perto a história do artesão de Laranjeiras do Abdias, e que sancionar uma lei com essa finalidade seria para ele um ato de reconhecimento pelos relevantes serviços prestados pelo seleiro mipibuense aos vaqueiros e produtores rurais da região Agreste potiguar.

Foto: Reprodução

Filho de Maria Vicente da Silva e Joaquim Amâncio de Souza, Manoel Amâncio de Souza nasceu na fazenda Boa Vista, em Laranjeiras do Abdias, então comunidade rural de São José de Mipibu, de um parto gemelar com Benedito Amâncio de Souza, o primogênito com quem teve mais dois irmãos, Maria dos Anjos de Souza e José Amâncio de Souza, todos já falecidos.

Sem nunca ter frequentado escola, Manoel Amâncio de Souza, filho de um vaqueiro, aos oito anos de idade demonstrou aptidão pelo artesanato em couro, quando desfiou um “chicote”, indumentária utilizada para açoitar cavalo, e em seguida refez todo o transado da peça, dando um destaque especial remodelando o chicote.

A partir daí o menino passou a conviver com outras pessoas que exerciam o ofício do trabalho artesanal em couro, tornando-se hábil e procurado por vaqueiros do lugar para confeccionar outros artigos utilizado a mesma matéria prima na lida com cavalos e outros animais.

Já adulto Manoel Amâncio de Souza construiu sua primeira família com Maria Amâncio, com quem teve o filho Pedro Amâncio de Souza, posteriormente, num segundo relacionamento conjugal com Damiana Alves de Lima teve mais seis filhos, que são eles: Edmilson Amâncio de Souza, João Amâncio de Lima, Ailson Amâncio de Lima, Adriana Amâncio de Lima e Jailson Alves de Lima. Em um terceiro relacionamento conjugal com Benedita Lima, Nasceu a filha Patrícia Silva.

Manoel Amâncio terminou os seus dias deixando viúva a companheira Maria de Fátima Santos de França, com quem manteve uma relação que durou vinte e oito anos.

Além de artesão em peças de couro, Manoel Amâncio se destacou na região Agreste do Rio Grande do Norte pela habilidade em consertar selas de cavalos e outras indumentárias utilizadas por vaqueiros e animais, como também pelos versos e prosas que construía relatando a vida do vaqueiro nordestino.

Manoel Amâncio de Souza nasceu em 14 de setembro de 1942 e faleceu na terra onde nasceu, no dia 21 de março de 2022.

Por Ilma Emerenciano, com informações de familiares do senhor Manoel Amâncio de Souza.

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