FACHIN CHAMA ACUSAÇÕES DE BOLSONARO DE “NEGACIONISMO ELEITORAL”

Foto: Reprodução/Youtube

O ministro Edson Fachin, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), reagiu com duras críticas à apresentação que o presidente Jair Bolsonaro (PL) fez a embaixadores estrangeiros nesta segunda (18/7), lançando desconfiança sem provas sobre o sistema eleitoral e criticando a Justiça Eleitoral.

Fachin, ao abrir um evento virtual da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), não citou o nome de Bolsonaro, mas referiu-se ao presidente ao dizer que “criam-se, nesse caminho de desinformação, encenações interligadas, como, aliás, está a assistir hoje o próprio país”.

Para o ministro, “há um inaceitável negacionismo eleitoral por parte de uma personalidade importante dentro de um país democrático, e é muito grave a acusação de fraude a uma instituição, mais uma vez, sem apresentar provas”.

O magistrado disse ainda que há uma tentativa de manipulação da opinião pública: “Tentar sequestrar a ação comunicativa e, ao assim fazê-lo, sequestrar a opinião pública e a estabilidade política”, disse.

Ao fim do discurso, Fachin pediu um “basta à desinformação e ao populismo autoritário”. Veja um trecho:

O que disse o presidente

A apresentação para diplomatas estrangeiros foi realizada no Palácio da Alvorada no fim da tarde desta segunda. O chefe do Executivo repetiu argumentos já desmentidos sobre supostas fraudes nas urnas eletrônicas e insistiu que as eleições deste ano devem ser “limpas” e “transparentes”, apesar de não apresentar provas que indiquem que o contrário possa ocorrer.

Antes de agenda com embaixadores, Bolsonaro diz estar com febre e gripe. “Nós queremos, obviamente, estamos lutando para apresentar uma saída para isso tudo. Nós queremos confiança e transparência no sistema eleitoral brasileiro”, declarou. “Nós queremos corrigir falhas. Queremos transparência. Nós queremos democracia de verdade”, insistiu.

Bolsonaro também voltou a falar que as Forças Armadas foram convidadas pela Justiça Eleitoral a participar da Comissão de Transparência das Eleições instalada pelo TSE e reclamou que parte das sugestões dos militares não foram aceitas.

Metrópoles

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