PRESIDENTE DA AMLAP PARTICIPA DE REUNIÃO EM NATAL COM REPRESENTANTES DA DEFESA CIVIL DO GOVERNO BOLSONARO

Babá Pereira, Álvaro Dias, Alexandre Alves, Daniel Marinho e Fernando Teixeira –   Foto: Reprodução

A Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (SEDEC) instalou neste sábado (9) um gabinete no Rio Grande do Norte para auxiliar os municípios do estado em situação de emergência por conta das chuvas dos últimos dias.

A “Sala de Operações Federais” vai ficar instalada na Federação dos Municípios do RN (Femurn). A medida foi anunciada em uma reunião ocorrida em Natal neste sábado com 14 prefeitos, dentre eles o presidente  da Associação dos Municípios do Litoral e Agreste Potiguar – AMLAPFernando Teixeira, Babá Pereira, presidente da Femurn, Daniel Marinho, gestor de Nísia Floresta, município que descortina um cenário de desastre natural devido a ação das chuvas e o prefeito de Natal, Álvaro Dias.

Foto: Joana Lima

“Montamos essa Sala de Operações Federais. Ela vai agregar o Ministério da Cidadania, o Ministério da Saúde, o Dnit, ou seja, todos os órgãos vão ter essa sala como referência. Nós vamos estar trabalhando em conjunto com Brasília, com todos os ministérios, pra dentro da vocação de cada um atender as necessidades do povo daqui do RN”, explicou o secretário nacional de Defesa Civil, Alexandre Alves.

Atualmente, o governo do RN reconhece situação de emergência em 16 municípios, mas apenas dois tiveram esse estado reconhecido pelo governo federal.

Durante a reunião, os prefeitos cobraram esse reconhecimento ao secretário nacional de Defesa Civil, que prometeu dar celeridade à medida em que os dados forem repassados pela prefeitura.

Os prefeitos de municípios afetados também questionam se a verba utilizada inicialmente pelas próprias prefeituras na reparação de danos por conta da chuva será paga pelo Governo Federal.

“A prefeitura teve que alugar máquinas pesadas, abastecer, tivemos que comprar cestas básicas, colchões, toalhas, lençóis. Tivemos que desocupar uma escola e trazer essas pessoas pra dentro como um abrigo. Então já começamos a fazer a nossa parte da Defesa Civil. Então a minha dúvida é se vamos ser reembolsados desse recurso”, questionou o prefeito Daniel Marinho, de Nísia Floresta, que teve principalmente a praia de Barreta afetada.

Em Natal, 31 imóveis foram interditados, desalojando 80 famílias. “Todas as secretarias da Prefeitura de Natal estão voltadas para ações de resposta. A nossa estimativa é que cerca de 2 mil pessoas foram afetadas pelas chuvas e precisamos de um trabalho rápido e estratégico para ajudar a população”, disse a diretora de Defesa Civil e Operações Preventivas de Natal, Fernanda Jucá.

Representantes de órgãos como o Dnit, exército brasileiro e Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs) também participaram do encontro.

Prefeitos apontam problemas

Prefeitos de cidades bastante afetadas pelas chuvas também participaram da reunião e apontaram medidas e preocupações. Veja o que alguns deles disseram:

“A gente fez o que pôde fazer, hoje adquirimos mais de 70% do que a gente queria. Eu acredito que a partir de agora o leite derramado a gente tem que pensar pra frente. E o objetivo nosso é fazer com que a gente amenize a situação não só de Emaús”, disse o prefeito Rosano Taveira, de Parnamirim, se referindo ao alagamento em parte do bairro de Emaús, que invadiu ruas, encobrindo carros, e casas. Moradores protestaram recentemente cobrando medidas urgentes.

“De ontem pra hoje a gente já tomou algumas providências, colocamos mais duas bombas. Tivemos uma parceria com o exército brasileiro, eles colocaram uma bomba também potente lá e eu acredito que no mais tardar até hoje a noite a gente estará esvaziando aquela água que está ali na Lagoa de Emaús no meio da rua trazendo um transtorno muito grande para a população”, disse.

Em Touros, o prefeito Pedro Filho mostrou preocupação com a situação dos desabrigados. “Uma equipe da saúde já está montada, da assistência social, para poder dar a logística. Estamos hoje ofertando alimentação a muitas famílias. Estamos em torno hoje de 450 pessoas desalojadas, que abandonaram suas casas”, pontuou.

Já em Canguaretama, o problema aumentou após a cheia do Rio Curimataú, que alagou vários pontos da cidade e foi necessário esvaziar um bairro inteiro da cidade.

“O maior problema hoje de Canguaretama são os desabrigados. Nós estamos mais ou menos com 40 casas que foram destruídas. Mais ou menos 3 mil famílias foram afetadas. Então com casas destruídas, 600 famílias estão precisando de ajuda com urgência. Começaram os problemas de saúde por causa da água. Daqui a dois dias vai começar a chover de novo, segundo a previsão. Então nós vamos ter que fazer um serviço de prevenção novamente, enquanto não chegar nova chuva”, acrescentou o prefeito Wilsinho. Com informações do g1/RN

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