Foto: Sérgio Lima/Poder 360
Os comandantes do Exército, da Marinha e da Força Aérea Brasileira avaliaram antecipar a troca dos chefes das Forças, mas declinaram da ideia nos últimos dias.
Os militares do alto escalão do Exército e da Marinha se opuseram à quebra da tradição e aconselharam o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Carlos de Almeira Baptista Júnior, a aguardar a posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para realizar a cerimônia de troca de comando.
O Exército, força mais popular e com maior efetivo das 3, reuniu o Alto Comando e constatou que a mudança antecipada traria interpretações desencontradas. Como forma de evitar críticas relacionadas à insubordinação, optaram, por ora, por seguir o fluxo tradicional.
Já os militares que defendiam a antecipação da troca disseram que a manobra evitaria uma situação avaliada como constrangedora: a de passar os cargos na gestão do presidente que não os nomeou.
A ideia de antecipar a troca nos comandos das 3 Forças foi chancelada pelo atual comandante da FAB. Ele é considerado o mais bolsonarista do trio de chefes das Forças. A FAB, então, considerou fazer a troca em 23 de dezembro. Tradicionalmente, o rito acontece em janeiro do ano seguinte às eleições.
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