Foto: Reprodução
A vizinha de uma creche em Sorocaba, no interior de São Paulo, registrou a cena de um menino de 2 anos preso em uma espécie de ‘jaula’ na unidade. A criança teria ficado cerca de 40 minutos chorando e pedindo pela mãe, até que uma funcionária do local fosse resgatá-lo. O caso é investigado pela Polícia Civil.
Menino de 2 anos é flagrado preso dentro de ‘jaula’ em crechehttps://t.co/EhLqh2gFX7 pic.twitter.com/6Nj9Znhacl
— Daltro Emerenciano Instagram @blogdedaltroemerenci (@BlogdeDaltro) June 23, 2023
As imagens foram gravadas no dia 25 de maio, no Centro de Educação Infantil (CEI) 7. No vídeo, é possível ver o menino em um cercado, no parque da creche, chorando muito e gritando ‘mamãe’, em completo desespero.
Conforme informou o advogado da família, Rodrigo Rollo, o aluno só foi retirado dali quando a moradora que registrou as imagens realizou uma denúncia pessoalmente na Prefeitura de Sorocaba, acionando logo em seguida o Conselho Tutelar da cidade.
Sem saber do ocorrido, a mãe foi buscar o filho normalmente naquele dia, quando foi abordado pela diretora e por um funcionário da Secretaria de Educação que, à princípio, comunicaram o ocorrido, mas se negaram a apresentar as imagens.
Ela procurou no entorno da creche e conseguiu obter o vídeo dias depois. Diante da situação, a mãe procurou a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) do município, onde o caso foi registrado como maus-tratos.
Segundo o histórico do boletim de ocorrência, a criança relatou que bateram em sua barriga na escola. A criança não tinha lesões, mas mudou seu comportamento, apresentando desde então, ansiedade, insônia e nervosismo, repetindo que não queria ir para a escola.
Em nota, Rodrigo Rollo informou que todas as medidas respeitantes ao caso já estão sendo tomadas para evitar que outras crianças também possam passar pelo mesmo tipo de situação constrangedora e infeliz
Ao Terra, a Prefeitura de Sorocaba informou que o chefe de Executivo, Rodrigo Manga, determinou nesta quinta-feira, 22, o imediato afastamento da servidora da Educação, cujos atos supostamente imputados a ela contra uma criança estão sendo investigados pela Corregedoria Geral do Município. O Conselho Tutelar também acompanha o caso. O município continuará tomando todas as providências cabíveis, repudiando e não admitindo qualquer tipo de episódio nesse sentido.
A reportagem também pediu a manifestação da Secretaria de Educação da cidade, mas até o momento, não teve retorno. O espaço permanece aberto para manifestações.
Terra