Presidente colombiano visita irmãos sobreviventes de acidente aéreo

Foto: AFP Photo/ Colombian Presidency

O presidente colombiano, Gustavo Petro, foi ao HMC (Hospital Militar Central) de Bogotá  visitar Lesly Mukutuy, de 13 anos, e seus irmãos Soleiny, 9, Tien Noriel, 4, e Cristin, 1.

Eles foram resgatados na noite de sexta (9), depois de passar 40 dias desaparecidos em uma parte da floresta amazônica do país.

Os quatro foram os únicos sobreviventes de um acidente de avião que aconteceu em 1º de maio e deixou mortos os três adultos que estavam na aeronave: o piloto, a mãe deles e uma liderança indígena

“Estavam sozinhos. Eles conseguiram por conta própria. Um exemplo de sobrevivência total que ficará na história”, disse o presidente ao anunciar o resgate, celebrando o “dia mágico”, no qual também se firmou uma trégua de seis meses com guerrilheiros do ELN (Exército de Libertação Nacional)

Sofia Petro, 21 anos, filha do presidente, acompanhou o pai na visita aos sobreviventes. Agora, “é preciso verificar o estado mental deles. Eles ficaram juntos com uma criança de colo”, afirmou o chefe do Executivo colombiano, logo após o resgate. Os quatro irmãos foram retirados da selva em um helicóptero da FAC (Força Aérea Colombiana) e, logo em seguida, foram levados de avião ao hospital, na capital do país.

AFP Photo/ Colombian Presidency/

O fato de os quatro terem conseguido sobreviver por tanto tempo sozinhos, sobretudo a bebê Cristin, que completou 1 ano nesse período, surpreendeu todos, da equipe de resgate aos médicos que os examinaram.

A visita de Gustavo Petro e Sofia foi marcada por emoção e um sentimento de alívio, compartilhado por todos os que passaram os últimos 40 dias esperando notícias das crianças. Mais de cem pessoas, entre soldados e indígenas da região, com apoio de cães farejadores, seguiram a pista dos menores enquanto eles caminhavam pela floresta, no sul da Colômbia, onde aconteceu o acidente aéreo.

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Os irmãos fazem parte da comunidade huitoto e, segundo a Onic (Organização Indígena da Colômbia), tinham a vantagem de já conhecer as condições hostis da Amazônia e estar habituados às tradições como caça, pesca e coleta de frutos silvestres. Para Petro, eles foram salvos pela “sabedoria das famílias indígenas, de viver na selva”

O avô das crianças, Fidencio Valencia, um indígena huitoto de 47 anos, foi um dos familiares que falaram com os jornalistas; ele também recebeu o presidente no hospital. “Acabei de olhar meus netos. Primeiro, eles estão vivos, estão muito acabadinhos, mas sei que estão em boas mãos”, disse, em sua primeira declaração.

“Eles estão felizes de ver a família […] têm todos os sentidos completos”, acrescentou. “Mas temos de deixá-los quietinhos, enquanto se recuperam”, pediu

R7