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O jornalista e ex-deputado federal Jean Wyllys (PT) discutiu na noite desta sexta-feira (14/7) com o governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite (PSDB) nas redes sociais. O confronto foi motivado pelas escolas cívico-militares, modelo educacional encerrado pelo governo Lula esta semana.
Jean Wyllys chamou Eduardo Leite, de gay com “homofobia internalizada” após o tucano anunciar que irá manter as escolas cívico-militares no estado, o que contraria a mais recente decisão do Ministério da Educação (MEC) de acabar com o programa. Leite lamentou a fala do petista, que classificou como “deprimente e cheia de preconceitos”.
“Que governadores heteros de direita e extrema-direita fizessem isso já era esperado. Mas de um gay…? Se bem que gays com homofobia internalizada em geral desenvolvem libido e fetiches em relação ao autoritarismo e aos uniformes; se for branco e rico então… Tá feio, bee!”, escreveu o ex-deputado.
Leite, que assumiu sua homossexualidade em 2021, se tornando o primeiro presidenciável a admitir publicamente ser gay, lamentou a fala do ex-parlamentar:
— Manifestação deprimente e cheia de preconceitos em incontáveis direções… e que em nada contribui para construir uma sociedade com mais respeito e tolerância. @jeanwyllys_real, eu lamento a sua ignorância —tuitou o gaúcho, que é um dos 13 governadores que pretendem manter ou readequar o programa federal que será extinto,
Fim do programa
O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu acabar com o Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares. Criada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a iniciativa era uma das prioridades do ex-mandatário.
A decisão conjunta dos ministérios da Educação e da Defesa foi informada aos secretários estaduais de Educação por meio de ofício enviado na segunda-feira (10/7).
O documento comunica o encerramento progressivo do programa e a “desmobilização do pessoal das Forças Armadas lotado nas unidades educacionais vinculadas ao programa”.
O ofício também afirma que medidas serão adotadas gradualmente para o encerramento do ano letivo “dentro da normalidade”. O documento não informa quais seriam essas medidas.
O Globo/Metrópoles