Após morte de Heloísa, Gilmar Mendes diz que PRF “merece ter a sua existência repensada”

 

Foto: Carlos Moura/SCO/STF

O ministro Gilmar Mendes, decano do Supremo Tribunal Federal (STF), se manifestou nas redes sociais neste sábado (16) após a morte da menina Heloísa dos Santos Silva, de 3 anos, que foi baleada na cabeça por um agente da Polícia Rodoviária Federal (PRF), no Rio de Janeiro.

“Ontem, Genivaldo foi asfixiado numa viatura transformada em câmara de gás. Agora, a tragédia do dia recai na menina Heloísa Silva. Para além da responsabilização penal dos agentes envolvidos, há bem mais a ser feito. Um órgão policial que protagoniza episódios bárbaros como esses – e que, nas horas vagas, envolve-se com tentativas de golpes eleitorais -, merece ter a sua existência repensada. Para violações estruturais, medidas também estruturais”, escreveu o ministro.

A CNN entrou em contato com a PRF para comentar a declaração e aguarda retorno.

Os episódios a que Gilmar se referiu remetem a junho de 2022, quando o mecânico Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos, foi morto após abordagem da PRF. Ele foi colocado no compartimento para presos do veículo, onde os agentes lançaram spray de pimenta e gás lacrimogênio.

Já durante o segundo turno das eleições presidenciais do ano passado, a PRF realizou blitze pelo país em ação que é investigada como possível tentativa de interferência nas eleições.

Em nota, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, declarou que um processo administrativo para a morte da menina foi instaurado no mesmo dia da ocorrência.

“Minha decisão só pode ser emitida ao final do processo, como a lei determina. Também já há Inquérito Policial na Polícia Federal, que será enviado ao MPF e à Justiça”, destacou Dino.

A criança foi atingida na cabeça quando estava dentro do carro da família na última semana, no Arco Metropolitano, em Seropédica, na Baixada Fluminense. Ela estava internada em Duque de Caxias, também na Baixada, desde o último dia 7.

CNN

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