Foto: EPA/Bertha Wang
Hong Kong decretou, nesta sexta-feira (1º), alerta máximo ante a chegada do supertufão Saola que obrigou dezenas de milhões de pessoas a buscarem abrigo em várias cidades do sul da China e que ameaça se tornar a tempestade mais potente a assolar a região em várias décadas.
Centenas de voos foram cancelados em toda a região e o início do ano letivo foi adiado em Hong Kong, cujas ruas ficaram desertas. Em Shenzhen, abrigos foram abertos para a população, e os transportes públicos serão suspensos.
Hong Kong em alerta máximo por supertufão Saola que ameaça sul da Chinahttps://t.co/vgRuWmskOn pic.twitter.com/JNPxe9raBY
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O Centro Meteorológico Nacional da China projetou que Saola pode se tornar o tufão “mais potente” a atingir o delta do rio das Pérolas desde 1949. Esta região chinesa de planícies inclui Hong Kong, Guangdong, Shenzhen e Macau.
O Observatório Meteorológico de Hong Kong decretou alerta máximo, um nível de advertência conhecido como “T10”. Até esta sexta-feira, ele só havia sido acionado 16 vezes desde a Segunda Guerra Mundial.
O observatório advertiu que os ventos poderão atingir 118 quilômetros por hora, ou mais, com rajadas de até 220 km/h.
“Não saia e fique longe de portas e janelas expostas. Certifique-se de ter um local seguro para se abrigar”, alertou o observatório.
A previsão é que Saola chegue à cidade por volta da meia-noite de sexta-feira (11h em Brasília).
Risco de inundações graves –
As ruas de Hong Kong amanheceram quase desertas, e os comerciantes tentaram proteger suas lojas, colocando fita adesiva nas vitrines e janelas. Segundo os moradores, comida congelada e vegetais se esgotaram nos supermercados.
No centro financeiro internacional, a sessão da bolsa foi suspensa, e as escolas adiaram o início do ano letivo.
“Espero que possamos proteger as ferramentas necessárias para o nosso negócio, como as geladeiras. Nós as colocamos em lugares mais altos para que a água não danificasse os eletrodomésticos”, disse o gerente de um restaurante que se identificou como Lee, em entrevista à emissora de televisão local.
UOL