Ex-CEO da Americanas é preso em Madri por fraudes bilionárias

Foto: Reprodução

Miguel Gutierrez, ex-CEO da Americanas, foi preso nesta sexta-feira (28) pela polícia espanhola em Madri, cumprindo mandado expedido pela Justiça brasileira na operação Disclosure da Polícia Federal. Ele era investigado por seu envolvimento direto em fraudes contábeis na empresa, que resultaram em um rombo estimado em R$ 25 bilhões nos balanços da varejista.

O executivo estava sob vigilância desde que seu nome entrou na difusão vermelha da Interpol como foragido. A prisão preventiva havia sido decretada pela Justiça do Rio de Janeiro, que observava indícios fortes de fuga do país.

Junto a outros 14 ex-executivos da Americanas, Gutierrez foi alvo da operação que investiga crimes como manipulação de mercado, uso de informação privilegiada, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Se condenados, os envolvidos podem enfrentar até 26 anos de prisão.

A investigação, baseada em e-mails apreendidos e delações de ex-executivos, revelou o modus operandi do esquema fraudulento. A prisão de Gutierrez foi comunicada à Polícia Federal, mas seu destino ainda está indefinido devido à sua cidadania espanhola, que impede sua extradição.

Além de Gutierrez, também é procurada Anna Saicali, ex-presidente da B2W, que está em Portugal com ordem de prisão decretada. As irregularidades na Americanas, reveladas em 2023, incluíam a manipulação de operações financeiras para maquiar resultados.

Gutierrez e outros executivos são acusados de usar números falsos nos balanços da empresa e de praticar “insider trading”, vendendo ações antes da divulgação pública das fraudes. A defesa de Gutierrez afirma que ele colabora com as autoridades e nega seu envolvimento nos crimes.

Com informações do O Globo

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