Foto: Michel Filho/Agência O Globo
No mesmo dia em que o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu abrir processo criminal contra o senador Sérgio Moro (União-PR), o ex-juiz da Lava Jato tentou tranquilizar a esposa, deputada Rosângela Moro (União-SP). Em uma conversa pelo celular às 17:30, quando o julgamento da Primeira Turma da Corte já tinha sido encerrado, Rosângela contactou o marido querendo saber qual era o crime e qual era a pena.
No início da conversa, Rosângela pergunta ao senador qual seria o delito no qual ele está sendo acusado: “Qual crime? Calúnia?”. Moro responde: “Calúnia”. A deputada questiona se a pena seria maior que quatro anos. O ex-juiz da Lava Jato responde: “Em tese pode ser em decorrência das causas de aumento, mas altamente improvável”.
Caso seja condenado a uma pena superior a quatro anos, Moro corre o risco de perder o mandato. De acordo com o artigo nº 92 do Código Penal Brasileiro, a perda de função pública é decretada quando a pena privativa de liberdade tem um tempo superior ao período citado por Rosângela.
Moro é acusado de caluniar o ministro do STF Gilmar Mendes ao afirmar que o magistrado venderia decisões judiciais.
“Não, isso é fiança, instituto… pra comprar um habeas corpus do Gilmar Mendes”, afirmou o ex-juiz da Lava Jato em um vídeo antigo que repercutiu nas redes sociais em abril de 2023.
Estadão