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O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria de votos nesta sexta-feira (28) para condenar o mecânico Antônio Cláudio Alves Ferreira. Ele foi acusado de destruir o relógio de Dom João VI durante os atos de 8 de janeiro de 2023, em Brasília.
O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, sugeriu pena de 17 anos de prisão, tendo a sugestão aceita e acompanhada pelos demais ministros.
Durante o processo, o acusado prestou depoimento e confessou que esteve no Palácio do Planalto e danificou o relógio. Após os atos, ele fugiu para Uberlândia, em Minas Gerais. Pouco dias depois, a Polícia Federal o prendeu.
Antônio também esteve no acampamento montado em frente ao QG do Exército. Alexandre de Moraes comentou que suas ações foram comprovadas por depoimentos de outras testemunhas levadas pelo Ministério Público, e por vídeos e fotos realizados pelo próprio homem.
Relógio está sendo restaurado na Suíça
Os ataques aos prédios dos Três Poderes em Brasília, no Distrito Federal, ocorridos no dia 8 de janeiro, deixaram rastros de destruição. Entre os artefatos depredados está o relógio dado de presente ao rei Dom João VI.
Em fevereiro do ano passado, a Embaixada da Suíça se ofereceu para intermediar o conserto da peça destruída. Brasil e Suíça estabeleceram um Acordo de Cooperação Técnica para a restauração do relógio.
O governo brasileiro entregou a peça aos suíços, que a enviaram à Europa no mês seguinte. A previsão é que os esforços de restauração durem pelo menos um ano.
Em 1808, o rei Dom João VI recebeu de presente da corte francesa o relógio de Balthazar Martinot, relojoeiro de Luis XIV, que chegou ao Brasil no começo do século 19. O relógio foi desenhado pelo francês André-Charles Boulle.
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